
A GUERRA DO RIO
No livro “Ordem e Liberdade” (PolOst 2006), escrevi sobre a Guerra do Rio, detalhando o cenário de guerra denunciado na mídia e propondo soluções efetivas para a reconquista pelo Estado. Muitas destas medidas foram tomadas pelo atual Secretario de Segurança Pública do Rio, Delegado Federal, José Mariano Beltrame.
O Estado do Rio de Janeiro, com sua capital considerada a cidade maravilhosa e distrito federal do Brasil antes de Brasília, é o espelho do Brasil em todas as questões, em especial as de ordem pública.
Em 07 de janeiro de 1981, a Revista Veja estampou na sua capa a manchete "A Guerra Civil do Rio", denunciando que o Rio de Janeiro estava ferido a bala. 1980 tinha fechado com duas mil execuções e que o sul do Rio tornava-se "quintal do crime numa cidade despoliciada".
Em 1 de junho de 1988, novamente a Revista Veja, aparece nas bancas com o título "O Império do Crime", apontando que sete anos não forma suficientes para sensibilizar os Poderes de Estado a adotarem medidas para conter o avanço da criminalidade.
Em 30 de outubro de 1994, o editorial do Jornal do Brasil se queixou das pessoas que viam as denúncias da mídia como campanha para destruir a cidade maravilhosa e o turismo e outras apontavam como solução o emprego das forças armadas.
Em 2005, a Revista Época publicou matéria dizendo que o RIo seria prioridade do Governo Lula através de um "pacote de socorro".
Em 2005, edição de outubro, a Revista Terra fez uma reportagem intitulada "República Federativa do Tráfico" abordando com muita clareza a violência a que estavam submetidas as comunidades dos morros cariocas, o abandono governamental, a ineficácia e corrupção policial, o aumento do poder paralelo instaurado nas favelas, a busca por status no crime, os códigos do crime, as execuções, a marcação de territórios e as precauções e articulações dos líderes comunitários para minimizar a violência tanto da polícia como dos traficantes.
Na época, havia a “teoria da chacina” que vislumbrava uma grande catástrofe nas favelas caso ocorresse uma invasão do Estado das favelas dominadas pelo terror do tráfico. Esta teoria servia para amedrontar os políticos e inibir os governantes a determinar ações policiais contundentes e permanentes nestes locais.
O detalhe: desde Estácio de Sá, todos os governantes prometeram reprimir o crime no Rio.
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