FOLHA.COM 23/04/2014 12h52 - Atualizado às 13h32
DIANA BRITO
DO RIO
A auxiliar de enfermagem Maria de Fátima da Silva, 56, disse na manhã desta quarta-feira (23) que seu filho Douglas Pereira, 26, foi torturado até a morte nos fundos da creche Paulo de Tarso, no morro Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, zona sul do Rio. Laudo preliminar do IML (Instituto Médico Legal) afirma que o jovem morreu de "hemorragia interna decorrente de ferimento transfixante do tórax".
O perito legista Levi Miranda disse, em entrevista ao 'RJTV' da TV Globo, que o laudo do IML indica que o jovem teria sido atingido por um disparo de arma de fogo. 'Sem dúvida nenhuma ele foi vítima de tiro", afirmou o legista.
O governador Luiz Fernando Pezão determinou empenho total à Policia Civil na investigação do caso. Ele aguarda o resultado das investigações para tomar as medidas cabíveis.
'Tenho certeza absoluta que o meu filho foi torturado. Ele tinha um corte na cabeça e no nariz. Estava muito machucado... tinha marcas de botas nas costas. Alguma coisa perfurou ele no tórax e causou a morte dele por hemorragia', lamentou emocionada a mãe do dançarino, antes de depor na 13ª DP (Copacabana).
Douglas Pereira morava com a mãe na rua Barata Ribeiro, em Copacabana. Ele deixou um filho de quatro anos.
Segundo a auxiliar de enfermagem, o jovem costumava levar a namorada - remadora do Vasco - no alto no morro, onde ela mora. Mas também encontrava amigos do grupo de dança ' Bonde da Madrugada' ali.
"A filha dele também mora ali. Todo mundo conhece ele. Não sei como isso foi acontecer", disse a mãe, que acrescentou que luvas plásticas e dois projéteis de tiros foram encontrados próximo ao corpo de Douglas.
De acordo com a coordenação das UPPs, PMs da unidade pacificadora local foram checar uma denúncia de que traficantes armados estariam circulando num beco da favela, por volta das 22h de segunda-feira (21). Ao chegar na viela, eles foram recebidos a tiros. Houve confronto, mas ninguém teria ficado ferido e não houve preso.
Por volta das 9h de terça (22), a PM diz que foi fazer perícia do tiroteio junto com a Polícia Civil e descobriram o corpo do dançarino nos fundos da creche. A PM nega ter encostado no corpo.
O comandante das UPPs, Frederico Caldas, disse que "abriu um procedimento apuratório para investigar o caso". Ao menos oito PMs participaram da ação e tiveram o armamento apreendido para exame de confronto de balística.
Reprodução/Facebook

Dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, conhecido como DG; morte provocou protestos em comunidade no Rio
DIANA BRITO
DO RIO
A auxiliar de enfermagem Maria de Fátima da Silva, 56, disse na manhã desta quarta-feira (23) que seu filho Douglas Pereira, 26, foi torturado até a morte nos fundos da creche Paulo de Tarso, no morro Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, zona sul do Rio. Laudo preliminar do IML (Instituto Médico Legal) afirma que o jovem morreu de "hemorragia interna decorrente de ferimento transfixante do tórax".
O perito legista Levi Miranda disse, em entrevista ao 'RJTV' da TV Globo, que o laudo do IML indica que o jovem teria sido atingido por um disparo de arma de fogo. 'Sem dúvida nenhuma ele foi vítima de tiro", afirmou o legista.
O governador Luiz Fernando Pezão determinou empenho total à Policia Civil na investigação do caso. Ele aguarda o resultado das investigações para tomar as medidas cabíveis.
'Tenho certeza absoluta que o meu filho foi torturado. Ele tinha um corte na cabeça e no nariz. Estava muito machucado... tinha marcas de botas nas costas. Alguma coisa perfurou ele no tórax e causou a morte dele por hemorragia', lamentou emocionada a mãe do dançarino, antes de depor na 13ª DP (Copacabana).
Douglas Pereira morava com a mãe na rua Barata Ribeiro, em Copacabana. Ele deixou um filho de quatro anos.
Segundo a auxiliar de enfermagem, o jovem costumava levar a namorada - remadora do Vasco - no alto no morro, onde ela mora. Mas também encontrava amigos do grupo de dança ' Bonde da Madrugada' ali.
"A filha dele também mora ali. Todo mundo conhece ele. Não sei como isso foi acontecer", disse a mãe, que acrescentou que luvas plásticas e dois projéteis de tiros foram encontrados próximo ao corpo de Douglas.
De acordo com a coordenação das UPPs, PMs da unidade pacificadora local foram checar uma denúncia de que traficantes armados estariam circulando num beco da favela, por volta das 22h de segunda-feira (21). Ao chegar na viela, eles foram recebidos a tiros. Houve confronto, mas ninguém teria ficado ferido e não houve preso.
Por volta das 9h de terça (22), a PM diz que foi fazer perícia do tiroteio junto com a Polícia Civil e descobriram o corpo do dançarino nos fundos da creche. A PM nega ter encostado no corpo.
O comandante das UPPs, Frederico Caldas, disse que "abriu um procedimento apuratório para investigar o caso". Ao menos oito PMs participaram da ação e tiveram o armamento apreendido para exame de confronto de balística.
Reprodução/Facebook
Dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, conhecido como DG; morte provocou protestos em comunidade no Rio
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