REVISTA VEJA 19/04/2014 - 15:14
Rio de Janeiro. Quatro ônibus e três carros foram incendiados na tarde deste sábado

Quatro ônibus e três carros foram incendiados na tarde deste sábado (19) durante protesto de moradores do bairro Caramujo, em Niterói (Reprodução)
Quatro ônibus e três carros foram incendiados neste sábado durante protesto de cerca de 30 moradores do bairro Caramujo, em Niterói, na região metropolitana do Rio, contra a morte de Anderson Luiz Santos da Silva, de 21 anos, baleado na cabeça na madrugada de sexta-feira.
Os manifestantes acusam policiais militares de terem baleado o rapaz. A Polícia Militar (PM) nega envolvimento no crime. A Polícia Civil registrou a morte como provocada por bala perdida, disparada durante confronto entre traficantes de drogas e policiais militares. As armas dos PMs envolvidos no tiroteio foram apreendidas para a realização de perícia.
Anderson, que trabalhava como eletricista, foi baleado quando deixava a Igreja Nossa Senhora de Nazareth. Ele participara de uma vigília de Páscoa, na qual atuou na animação musical da celebração religiosa. A irmã dele, de 9 anos, também foi baleada, mas não corre risco de vida. A Arquidiocese de Niterói divulgou uma nota lamentando a morte do jovem.
"O jovem, procurando defender sua mãe e sua irmã, foi atingido e morreu. Rezamos pelo consolo da família do Anderson, e manifestamos nossa solidariedade a todas as famílias que constantemente enfrentam situações de violência. Rezamos pelo consolo da família do Anderson, e manifestamos nossa solidariedade a todas as famílias que constantemente enfrentam situações de violência", disse a Arquidiocese, em nota.
Além de queimar os veículos, os manifestantes interditaram a rodovia Amaral Peixoto (um dos acessos à Região dos Lagos), na altura do Caramujo, e montaram barricadas com objetos em chamas para interromper o trânsito na alameda São Boaventura, umas das principais vias de Niterói. O protesto começou depois do sepultamento de Anderson, ocorrido nesta manhã no cemitério do Maruí, em Niterói.
(Com Estadão Conteúdo)
17/04/2014 - 19:01
Com assaltos em alta, Niterói quer ajuda do governo federal. Prefeito pediu socorro ao ministro da Justiça, por considerar que a polícia não consegue conter escalada da criminalidade na cidade da Região Metropolitana

Niterói no Rio de Janeiro (Dilmar Cavalher)
Com favelas ocupadas por tropas federais e índices de criminalidade em crescimento, o Estado do Rio atravessa um momento delicado: os turistas da Copa do Mundo de 2014 estão a caminho, e as forças policiais não dão conta do aumento da violência. Esta semana, Niterói, cidade separada da capital pelos 13 quilômetros da Ponte Rio-Niterói, pediu socorro ao governo federal para combater os assaltos. O prefeito petista Rodrigo Neves foi a Brasília e reuniu-se com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para pedir o envio da Força Nacional de Segurança para patrulhar a cidade.
Em entrevista ao RJTV, da Rede Globo, Neves afirmou que a polícia “não está dando conta”. Como mostrou reportagem do site de VEJA, o mês de janeiro de 2014 foi o de maior volume de assaltos dos últimos dez anos no Estado. Em Niterói, o crescimento foi de 34,92% - houve 189 casos registrados em janeiro de 2013 e, no mesmo período deste ano, foram 255 as ocorrências contabilizadas pela Polícia Civil. Sabe-se que o total de roubos é muito superior a esses números, mas as estatísticas oficiais são o melhor termômetro da situação nas ruas e do comportamento da população.
Niterói, assim como cidades da Baixada Fluminense e regiões Serrana e dos Lagos, enfrenta o que os moradores chamam de “efeito colateral” da política de Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). Com os morros da capital ocupados, afirmam os moradores desses locais, os criminosos abrigam-se onde o policiamento é deficiente. Os problemas ocorrem também onde há as UPPs: no Complexo do Alemão, na Rocinha e, mais recentemente, no Complexo da Maré - onde militares do Exército e da Marinha atuam ao lado de policiais militares - traficantes ainda agem e os tiroteios são frequentes.
Rio de Janeiro. Quatro ônibus e três carros foram incendiados na tarde deste sábado
Quatro ônibus e três carros foram incendiados na tarde deste sábado (19) durante protesto de moradores do bairro Caramujo, em Niterói (Reprodução)
Quatro ônibus e três carros foram incendiados neste sábado durante protesto de cerca de 30 moradores do bairro Caramujo, em Niterói, na região metropolitana do Rio, contra a morte de Anderson Luiz Santos da Silva, de 21 anos, baleado na cabeça na madrugada de sexta-feira.
Os manifestantes acusam policiais militares de terem baleado o rapaz. A Polícia Militar (PM) nega envolvimento no crime. A Polícia Civil registrou a morte como provocada por bala perdida, disparada durante confronto entre traficantes de drogas e policiais militares. As armas dos PMs envolvidos no tiroteio foram apreendidas para a realização de perícia.
Anderson, que trabalhava como eletricista, foi baleado quando deixava a Igreja Nossa Senhora de Nazareth. Ele participara de uma vigília de Páscoa, na qual atuou na animação musical da celebração religiosa. A irmã dele, de 9 anos, também foi baleada, mas não corre risco de vida. A Arquidiocese de Niterói divulgou uma nota lamentando a morte do jovem.
"O jovem, procurando defender sua mãe e sua irmã, foi atingido e morreu. Rezamos pelo consolo da família do Anderson, e manifestamos nossa solidariedade a todas as famílias que constantemente enfrentam situações de violência. Rezamos pelo consolo da família do Anderson, e manifestamos nossa solidariedade a todas as famílias que constantemente enfrentam situações de violência", disse a Arquidiocese, em nota.
Além de queimar os veículos, os manifestantes interditaram a rodovia Amaral Peixoto (um dos acessos à Região dos Lagos), na altura do Caramujo, e montaram barricadas com objetos em chamas para interromper o trânsito na alameda São Boaventura, umas das principais vias de Niterói. O protesto começou depois do sepultamento de Anderson, ocorrido nesta manhã no cemitério do Maruí, em Niterói.
(Com Estadão Conteúdo)
17/04/2014 - 19:01
Com assaltos em alta, Niterói quer ajuda do governo federal. Prefeito pediu socorro ao ministro da Justiça, por considerar que a polícia não consegue conter escalada da criminalidade na cidade da Região Metropolitana
Niterói no Rio de Janeiro (Dilmar Cavalher)
Com favelas ocupadas por tropas federais e índices de criminalidade em crescimento, o Estado do Rio atravessa um momento delicado: os turistas da Copa do Mundo de 2014 estão a caminho, e as forças policiais não dão conta do aumento da violência. Esta semana, Niterói, cidade separada da capital pelos 13 quilômetros da Ponte Rio-Niterói, pediu socorro ao governo federal para combater os assaltos. O prefeito petista Rodrigo Neves foi a Brasília e reuniu-se com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para pedir o envio da Força Nacional de Segurança para patrulhar a cidade.
Em entrevista ao RJTV, da Rede Globo, Neves afirmou que a polícia “não está dando conta”. Como mostrou reportagem do site de VEJA, o mês de janeiro de 2014 foi o de maior volume de assaltos dos últimos dez anos no Estado. Em Niterói, o crescimento foi de 34,92% - houve 189 casos registrados em janeiro de 2013 e, no mesmo período deste ano, foram 255 as ocorrências contabilizadas pela Polícia Civil. Sabe-se que o total de roubos é muito superior a esses números, mas as estatísticas oficiais são o melhor termômetro da situação nas ruas e do comportamento da população.
Niterói, assim como cidades da Baixada Fluminense e regiões Serrana e dos Lagos, enfrenta o que os moradores chamam de “efeito colateral” da política de Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). Com os morros da capital ocupados, afirmam os moradores desses locais, os criminosos abrigam-se onde o policiamento é deficiente. Os problemas ocorrem também onde há as UPPs: no Complexo do Alemão, na Rocinha e, mais recentemente, no Complexo da Maré - onde militares do Exército e da Marinha atuam ao lado de policiais militares - traficantes ainda agem e os tiroteios são frequentes.
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