Líderes comunitários temem que UPP não traga melhorias em saneamento, saúde e lazer à comunidade
WALESKA BORGES
O GLOBO
Atualizado:26/03/14 - 10h04

Ruas tomadas pelo lixo: queixa comum no Complexo da Maré Márcio Alves / Agência O Globo
RIO — Líderes comunitários das associações de moradores do Complexo da Maré não creem que só a chegada da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) trará benefícios sociais à região. Eles dizem que as favelas precisam também de melhorias no saneamento, lazer, saúde, eletricidade e coleta de lixo. Alguns representantes dos moradores dizem que o anúncio da instalação da UPP aumentou o clima de tensão no local.
Para o vice-presidente da Associação dos Moradores do Parque União, Carlos Alberto Pereira da Silva, o principal problema é o esgoto. Ele ainda se queixou de não haver espaço para as crianças praticarem esportes e da falta de médicos nas unidades de saúde.
— Os governos não costumam ter os olhos e braços abertos para a comunidade. Quase sempre somos esquecidos — disse Silva.
A presidente da Associação de Moradores da Nova Holanda, Andrea Matos, ressaltou que os postos de saúde funcionam de forma improvisada nos Cieps e que as escolas não têm horário integral. Para ela, os benefícios dependem de vontade política:
— Se os políticos não quiserem, nada melhora aqui.
Já um representante da Associação de Maradores do Parque Rubem Vaz, que pediu para não ser identificado, disse que falta uma boa área de lazer para as crianças:
— A Vila Olímpica fica em uma região de outra facção, e as crianças daqui não podem brincar lá. Não acredito que a UPP mudará essa situação.
Outro líder comunitário da Associação dos Moradores do Parque Maré, que também não quis se identificar, disse ainda que a comunidade sofre com o lixo nas ruas e a presença de viciados em crack.
Atualizado:26/03/14 - 10h04
Ruas tomadas pelo lixo: queixa comum no Complexo da Maré Márcio Alves / Agência O Globo
RIO — Líderes comunitários das associações de moradores do Complexo da Maré não creem que só a chegada da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) trará benefícios sociais à região. Eles dizem que as favelas precisam também de melhorias no saneamento, lazer, saúde, eletricidade e coleta de lixo. Alguns representantes dos moradores dizem que o anúncio da instalação da UPP aumentou o clima de tensão no local.
Para o vice-presidente da Associação dos Moradores do Parque União, Carlos Alberto Pereira da Silva, o principal problema é o esgoto. Ele ainda se queixou de não haver espaço para as crianças praticarem esportes e da falta de médicos nas unidades de saúde.
— Os governos não costumam ter os olhos e braços abertos para a comunidade. Quase sempre somos esquecidos — disse Silva.
A presidente da Associação de Moradores da Nova Holanda, Andrea Matos, ressaltou que os postos de saúde funcionam de forma improvisada nos Cieps e que as escolas não têm horário integral. Para ela, os benefícios dependem de vontade política:
— Se os políticos não quiserem, nada melhora aqui.
Já um representante da Associação de Maradores do Parque Rubem Vaz, que pediu para não ser identificado, disse que falta uma boa área de lazer para as crianças:
— A Vila Olímpica fica em uma região de outra facção, e as crianças daqui não podem brincar lá. Não acredito que a UPP mudará essa situação.
Outro líder comunitário da Associação dos Moradores do Parque Maré, que também não quis se identificar, disse ainda que a comunidade sofre com o lixo nas ruas e a presença de viciados em crack.
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