VEJA ONLINE 21/03/2014 - 13:08
Rio de Janeiro. Ordem de ataque às UPPs partiu de presídio, diz Beltrame
Ao menos quatro unidades foram alvos de tiros - em Manguinhos, contêineres ainda foram incendiados. No confronto com bandidos, quatro PMs se feriram

Policiamento reforçado após o comandante da UPP de Manguinhos, Gabriel Toledo, ser baleado e a sede da unidade incendiada na noite da quinta-feira (20), no Rio de Janeiro (Ale Silva/Futura Press)
Os ataques a quatro Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do Rio de Janeiro, na noite de quinta-feira, foram ordenados por traficantes de dentro de um presídio. A informação é do secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame. "Eu posso dizer isso a vocês: nós temos isso confirmado. E o que nós fazer é um plano para proteger, sem dúvida, a cidade de mais esta crise", declarou, nesta sexta, pouco antes de viajar a Brasília, ao lado do governador Sérgio Cabral. Em uma reunião com a presidente Dilma Rousseff, eles pediram o apoio das Forças Federais nas áreas consideradas pacificadas.
Na quinta, quatro UPPs foram alvos de criminosos. O caso mais grave ocorreu no Complexo de Manguinhos, onde bandidos atiraram contra os contêineres, e depois atearam fogo. O comandante da unidade, capitão Gabriel Toledo, foi baleado na coxa direita e precisou ser submetido a uma cirurgia. Ele está internado no Hospital da Polícia Militar e seu quadro é considerado estável. Outros três agentes ficaram feridos - dois por tiros e um a pedradas. As outras bases atacadas ficam nos complexos do Lins (Camarista Méier) e do Alemão e em Benfica (Parque Arará), todas na Zona Norte da capital.
A segurança foi reforçada em todos os pontos críticos nesta sexta, segundo o coronel Frederico Caldas, comandante das UPPs. "Dobramos o efetivo. Podemos dizer que a situação já é de tranquilidade, mas o Bope e o Batalhão de Choque vão permanecer nessas áreas enquanto for necessário", declarou, em entrevista ao RJTV, da Globo. Parte da favela de Manguinhos continua sem luz - o incêndio atingiu um poste de energia elétrica. Segundo a Secretaria Municipal de Educação, quatro escolas, duas creches e um espaço infantil estão fechados no complexo, deixando quase 4.000 estudantes sem aula.
Governo - Logo após os ataques coordenados, o governador Sérgio Cabral emitiu nota condenando os ataques às UPPs: "Essa é mais uma tentativa da marginalidade de enfraquecer a política vitoriosa da pacificação, que retomou territórios historicamente ocupados pela bandidagem para o controle do Poder Público", disse, reiterando o "firme compromisso assumido com a população do Rio de Janeiro de não sair, em hipótese alguma, desses locais ocupados".
Rio de Janeiro. Ordem de ataque às UPPs partiu de presídio, diz Beltrame
Ao menos quatro unidades foram alvos de tiros - em Manguinhos, contêineres ainda foram incendiados. No confronto com bandidos, quatro PMs se feriram
Policiamento reforçado após o comandante da UPP de Manguinhos, Gabriel Toledo, ser baleado e a sede da unidade incendiada na noite da quinta-feira (20), no Rio de Janeiro (Ale Silva/Futura Press)
Os ataques a quatro Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do Rio de Janeiro, na noite de quinta-feira, foram ordenados por traficantes de dentro de um presídio. A informação é do secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame. "Eu posso dizer isso a vocês: nós temos isso confirmado. E o que nós fazer é um plano para proteger, sem dúvida, a cidade de mais esta crise", declarou, nesta sexta, pouco antes de viajar a Brasília, ao lado do governador Sérgio Cabral. Em uma reunião com a presidente Dilma Rousseff, eles pediram o apoio das Forças Federais nas áreas consideradas pacificadas.
Na quinta, quatro UPPs foram alvos de criminosos. O caso mais grave ocorreu no Complexo de Manguinhos, onde bandidos atiraram contra os contêineres, e depois atearam fogo. O comandante da unidade, capitão Gabriel Toledo, foi baleado na coxa direita e precisou ser submetido a uma cirurgia. Ele está internado no Hospital da Polícia Militar e seu quadro é considerado estável. Outros três agentes ficaram feridos - dois por tiros e um a pedradas. As outras bases atacadas ficam nos complexos do Lins (Camarista Méier) e do Alemão e em Benfica (Parque Arará), todas na Zona Norte da capital.
A segurança foi reforçada em todos os pontos críticos nesta sexta, segundo o coronel Frederico Caldas, comandante das UPPs. "Dobramos o efetivo. Podemos dizer que a situação já é de tranquilidade, mas o Bope e o Batalhão de Choque vão permanecer nessas áreas enquanto for necessário", declarou, em entrevista ao RJTV, da Globo. Parte da favela de Manguinhos continua sem luz - o incêndio atingiu um poste de energia elétrica. Segundo a Secretaria Municipal de Educação, quatro escolas, duas creches e um espaço infantil estão fechados no complexo, deixando quase 4.000 estudantes sem aula.
Governo - Logo após os ataques coordenados, o governador Sérgio Cabral emitiu nota condenando os ataques às UPPs: "Essa é mais uma tentativa da marginalidade de enfraquecer a política vitoriosa da pacificação, que retomou territórios historicamente ocupados pela bandidagem para o controle do Poder Público", disse, reiterando o "firme compromisso assumido com a população do Rio de Janeiro de não sair, em hipótese alguma, desses locais ocupados".
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