O Rio de Janeiro é o espelho do Brasil. O que ocorre no Rio de Janeiro fatalmente se transmitirá em cadeia para os outros Estados da Federação. As questões de justiça criminal e ordem pública não fogem desta regra. Portanto, é estratégico manter a atenção, estudar o cenário, analisar as experiências e observar as políticas lá realizadas, ajudando no alcance dos objetivos. A solução desta guerra envolve leis duras e um Sistema de Justiça Criminal integrado, ágil, coativo e comprometido em garantir o direito da população à segurança pública.

sábado, 19 de janeiro de 2013

CARTAZES CAUSAM POLÊMICA

G1 RJ 19/01/2013 07h00 - Atualizado em 19/01/2013 07h00

Cartazes espalhados pela Urca, na Zona Sul do Rio, provocam polêmica. Toda pessoa ou atividade suspeita deve ser denunciada', diz texto em placa. Para moradores, critério para avaliar suspeitos pode gerar preconceito.

Henrique Porto Do G1 RJ


Cartazes espalhados pelas ruas da Urca, há cerca de um mês, vêm provocando polêmica entre moradores do bairro localizado na Zona Sul do Rio de Janeiro. Produzidas pela Associação dos Moradores da Urca (Amour), as placas trazem o desenho estilizado de um olho, números de telefone da Polícia Militar e do Disque-Denúncia e os dizeres: "Vizinhança vigilante. Toda pessoa ou atividade suspeita deve ser denunciada".

Cartaz afixado na portaria de um prédio na Rua Ramon Franco: segundo associação de moradores, objetivo é a prevenção de crimes (Foto: Henrique Porto/G1)

Residentes do bairro alegam que o termo "atividade suspeita" é impreciso e subjetivo, o que pode provocar equívocos na avaliação de um crime em curso e mal entendidos entre moradores e frequentadores do bairro. É o caso da publicitária Iris Freund, de 31 anos.

“O que define uma pessoa ou atividade suspeitas? Achei isso absolutamente aleatório e invasivo. Talvez a intenção tenha sido boa e eles (membros da associação) tenham se expressado mal, mas não acho que seja legítimo nem uma mostra de civilidade", argumenta a publicitária.

Iris, que vive no bairro desde 1990, também adverte: "A Urca é um lugar muito seguro e acredito que os moradores, assim como a associação, desejem mantê-lo dessa forma. Ao mesmo tempo, considero perigoso incentivá-los a fazerem denúncias. Não vejo isso de forma muito positiva, a menos que seja algo comprovado", afirmou a publicitária.

A socióloga Lilibeth Ferreira relembra a primeira vez em que se deparou com o cartaz. “Fiquei enlouquecida de raiva. Como posso dar o direito de alguém avaliar quem é suspeito na rua onde mora? É um critério absolutamente pessoal e subjetivo. Isso remonta movimentos denuncistas. Comunicação é uma coisa muito séria e traz consequências", disse.

As placas nas ruas Marechal Cantuária e Ramon Franco: cartazes foram motivados por pequenas ocorrências e sequestro-relâmpago no bairro (Foto: Henrique Porto/G1)

Lilibeth, que chegou a fazer parte da Amour, destaca que é contrária à placa, não à ideia de proteção. Para ela, o apoio e integração entre vizinhos é importante. "Isso ajuda na segurança. Minha questão é com os dizeres e a palavra 'suspeita', dos quais discordo inteiramente."

Segundo a associação de moradores, a iniciativa é inspirada em experiências realizadas por comunidades de países como a Inglaterra e surgiu após pequenos delitos e quatro sequestros-relâmpagos ocorridos no bairro, um deles em novembro do ano passado.

"Além da patrulha do estado, representada pela polícia, você também tem a vigilância da vizinhança. É algo preventivo. Tudo isso foi discutido várias vezes, em várias reuniões, e resolvido de maneira democrática. Inclusive, muitos dos moradores que hoje reclamam foram convidados para estes encontros, mas não compareceram", diz Celinéia Paradela Ferreira, vice-presidente da Amour.

'Nada absolutamente discriminatório'

Segundo Celinéia, as placas fazem parte de um plano de trabalho concebido por um grupo de moradores, que também prevê que casas e edifícios instalem câmeras de vigilância. "Vamos fazer uma campanha pela instalação desse tipo de equipamento, além de um pedido à polícia para monitorar eletronicamente a entrada e a saída do bairro."

Em relação à mensagem estampada nas placas, a associação discorda das críticas acerca do caráter preconceituoso do texto, como explica Ana Milhomens, presidente da entidade.

"Não há nada absolutamente discriminatório no cartaz. O texto foi criado sob a recomendação da própria polícia, que afirma que o cidadão jamais deve se expor. Você telefona e um representante treinado pelo estado, responsável pela segurança, faz a verificação. Pode não ser nada, como também pode ser", ressalta Ana, que não soube informar quantas placas foram produzidas.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Também não considero discriminatório este tipo de cartaz, mas um instrumento para criar uma cultura preventiva, de defesa, de vigilância, de solidariedade. No brasil, é comum a preocupação individualista, egoísta, voltada ao indivíduo e ao grupo familiar, sem qualquer atenção para as pessoas e famílias que fazem parte do convívio em sociedade. Este cartaz quer estimular o espírito de solidariedade e de responsabilidade de todos para com a segurança do vizinho e da comunidade, procedimento raro no Brasil. É o começo, e aprovo esta medida como parte das estratégias de policiamento comunitário que estimulam redes de vigilância nas comunidades.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

EXTENSÕES DE UPP

Policiais fazem operação em favelas que ficarão no cinturão de segurança das UPPs do Jacarezinho e Manguinhos | Foto: Severino Silva / Agência O Dia
O DIA 17.01.2013 às 13h44

PM ficará nas favelas do Arará e Rato Molhado por tempo indeterminado

Rio - As favelas Parque Arará, em Benfica, e Rato Molhado, no Engenho Novo, estão ocupadas desde o início da manhã desta quinta-feira para instalação das bases que serão extensões das recém-inauguradas UPPs do Jacarezinho e Manguinhos. Segundo o major João Jacques Busnello, do Batalhão de Operações Especiais (Bope), os policiais ficarão nas comunidades por tempo indeterminado.

"Não encontramos resistência de traficantes ou moradores. Sabemos que é um processo a longo prazo, mas ficaremos o tempo que for possivel. Até que toda comunidade estaja segura e a gente perceba que seja a hora de deixar o local", afirmou.

Policiais do Bope ocupam o Rato Molhado enquanto o Batalhão de Choque está no Arará. Um grande jacaré de espuma foi retirado do local pelos PMs.

Os policiais prenderam um suspeito, identificado como Gilson de Oliveira Souza, de 48 anos, que possuía mandado de prisão em aberto por roubo. Os PMs ainda apreenderam um revólver 32, frascos de lança perfume, material para embalar droga, peças de um fuzil, nove carregadores de submetralhadora, crack, maconha hidropônica e seis máquinas caça-níquel.

Também participam das ações o Batalhão de Ações com Cães (BAC) e o Grupamento Aéreo Marítimo (GAM) com duas aeronaves. As ocorrências serão registradas na 25ªDP (Engenho Novo). Não houve confrontos.

Policiais fazem operação em favelas que ficarão no cinturão de segurança das UPPs do Jacarezinho e Manguinhos | Foto: Severino Silva / Agência O Dia
Policiais fazem operação em favelas que ficarão no cinturão de segurança das UPPs do Jacarezinho e Manguinhos | Foto: Severino Silva / Agência O Dia

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

PASSEIO TRÁGICO


ZERO HORA 16 de janeiro de 2013 | N° 17314

Câmera de segurança flagrou morte de gaúcha

FERNANDA DA COSTA

A Polícia Civil do Rio de Janeiro aposta na análise das imagens de câmeras de segurança para tentar identificar o homem que matou a turista gaúcha Dulcinéia Carpenedo Signor, 40 anos, na noite de domingo. Ela foi baleada quando retornava de um passeio com a família, em Duque de Caxias.

Odelegado Cláudio Vieira, titular da 59ª Delegacia de Polícia de Duque de Caxias, afirma que a investigação teve acesso às imagens das câmeras de segurança da rua onde o crime aconteceu, mas que a má qualidade do material impediu a identificação do atirador e a motocicleta usada por ele.

– Como a gravação é de longe, não há nitidez. Encaminhamos essas imagens para um setor especializado, para que eles possam melhorar o material – relata o delegado.

Um dos irmãos e o marido da vítima, que não testemunharam o crime, prestaram depoimento. A Polícia Civil aguarda o relato dos familiares que presenciaram a ação e não tiveram condições de falar.

– Ainda não sabemos se foi um latrocínio, uma briga de trânsito ou se o atirador tinha intenção de matar alguém– diz Vieira.

O delegado explica que, no momento do crime, por volta das 22h, não havia muitas pessoas na rua, mas uma equipe trabalha para localizar testemunhas. Dulcinéia estava em uma Hilux com a família quando um homem que dirigia uma motocicleta sem capacete atirou na direção do veículo e a atingiu. Ferida nas costas, ela foi encaminhada ao hospital, mas não resistiu. A gaúcha viajou com marido para visitar os irmãos.

Segundo a família, o corpo de Dulcinéia, que era funcionária de uma escola, deveria chegar ao aeroporto de Chapecó (SC) à 1h de hoje. Depois, seria transportado em um carro fúnebre até Sarandi, onde ela residia. O velório será realizado na manhã de hoje, quando a gaúcha completaria 41 anos, na capela do distrito de Barreirinho.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

ATIRADOR MATA DUAS PESSOAS E DEIXA 12 FERIDAS

Atirador mata duas pessoas e deixa 12 feridas em Nova Friburgo. Policiais acreditam se tratar de “acerto de contas” entre traficantes

O GLOBO
Atualizado:14/01/13 - 8h21


RIO — Um homem efetuou diversos disparos durante o ensaio de um bloco de carnaval, o Blocão do Rastafári, em frente à choperia Show de Bola, no bairro de Olaria, em Nova Friburgo, na Região Serrana, por volta das 21h30m deste domingo. Daniel Fernandes, de 20 anos, foi baleado e morreu na hora. Vandalete Luiza Klen, de 43, que também foi atingida, chegou a ser socorrida, mas não resistiu. Ela tinha ido buscar o filho no bloco. Pelo menos outras 12 pessoas baleadas foram encaminhadas para o Hospital municipal Raul Sertã.

Policiais da 151ª DP (Nova Friburgo) foram ao local. O motivo do crime está sendo investigado. A polícia acredita se tratar de um “acerto de contas” com Daniel Fernandes, que já esteve preso por tráfico de drogas. Segundo policiais, a área é dominada por traficantes. Nenhuma prisão foi efetuada.

Em fevereiro do ano passado, um tiroteio durante um bloco de carnaval também deixou um morto e quatro feridos. O episódio ocorreu no Morro de São Carlos, no Estácio, Zona Norte do Rio. Policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da região teriam reconhecido o traficante conhecido como “Cheru“ no bloco "Boi Sem Chifre", que passava por volta das 2h pelo cruzamento da Ladeira São Diniz com a Rua São Carlos. Houve troca de tiros, e uma viatura da polícia foi incendiada.

Wendel Timóteo Rodrigues Nunes, de 14 anos, levou um tiro nas costelas e morreu no Hospital Central da Polícia Militar (HCPM). Entre os feridos, estavam Marcílio “Cheru” de Oliveira, que seria responsável pelo tráfico local, e Paulo Roberto Barros dos Santos, conhecido como “Dorei”, que seria o braço direito de Cheru.

Durante a confusão no bloco, moradores atiraram garrafas contra os policiais, que responderam com spray de pimenta. Após o confronto, bombeiros, policias do 4º BPM (São Cristóvão) e do Batalhão de Choque estiveram no local.