O Rio de Janeiro é o espelho do Brasil. O que ocorre no Rio de Janeiro fatalmente se transmitirá em cadeia para os outros Estados da Federação. As questões de justiça criminal e ordem pública não fogem desta regra. Portanto, é estratégico manter a atenção, estudar o cenário, analisar as experiências e observar as políticas lá realizadas, ajudando no alcance dos objetivos. A solução desta guerra envolve leis duras e um Sistema de Justiça Criminal integrado, ágil, coativo e comprometido em garantir o direito da população à segurança pública.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

ESPECIALISTAS DEFENDEM MUDANÇAS NAS UPPS


Especialistas defendem mudanças nas UPPs após ataques

09 de dezembro de 2013 | 19h 33

MARCELO GOMES - Agência Estado



Após um fim de semana marcado por episódios de violência em três favelas pacificadas (Rocinha, Cidade de Deus e Lins), especialistas em segurança pública avaliam que é chegada da hora de ajustes no programa das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Os recentes ataques resultaram em pelo menos seis pessoas baleadas, sendo três policiais militares. Segundo os estudiosos, o principal é melhorar a interlocução com os moradores das comunidades, a fim de resgatar a confiança na polícia. Também é preciso convencer as pessoas que a política de pacificação será permanente.

"As UPPs nunca conseguiram ser vistas como polícia comunitária, que está ali para garantir a segurança dos moradores. Os policiais continuam a agir como uma força externa que foi colocada ali. Talvez o tráfico começou a sentir que há espaço para reagir, e esses episódios de violência cada vez mais comuns podem ser um sinal. Além disso, os moradores têm dúvida se o programa de pacificação vai continuar depois dos grandes eventos. Afinal, o Estado não tem recursos para ocupar todas as favelas da Região Metropolitana dominadas por traficantes ou milicianos", ressaltou o doutor em Sociologia Michel Misse e diretor do Núcleo de Estudos em Cidadania, Conflito e Violência Urbana (NECVU) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Na opinião do doutor em Sociologia Ignacio Cano, o programa de pacificação está passando por um momento conjuntural de crise. "Na medida em que as UPPs vão se expandindo, aumenta a possibilidade de algo sair do controle. Além disso houve a recente mudança na cúpula da PM por conta das manifestações e também o impacto do caso Amarildo, na Rocinha. Mas no longo prazo, o balanço ainda é positivo: a base do projeto, que é a redução da letalidade e a retomada do controle dos territórios dessas comunidades, continuam. As UPPs precisam ganhar a legitimidade da população. Na maioria das favelas, a relação com as pessoas ainda é tensa. Isso precisa melhorar", disse Misse, que é coordenador do Laboratório de Análise da Violência (LAV) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Desde o início do projeto de pacificação, em dezembro de 2008, sete policiais militares de UPPs foram mortos em serviço. Os primeiros quatro episódios ocorreram em 2012. Este ano, houve três mortes, todas no segundo semestre.

Para a Secretaria Estadual de Segurança, os três ataques no fim de semana não é uma estratégia orquestrada do tráfico, e sim casos isolados. Em nota, o órgão disse que nunca teve a ilusão de que não haveria reação ao longo do processo. "Os bandidos não vão entregar seu ''império'' de mão beijada. Mas o mais importante é que as Unidades de Polícia Pacificadora estão devolvendo os territórios aos seus verdadeiros donos, que são os moradores. Ainda temos desafios pela frente, mas uma coisa é certa: o Estado entrou para ficar e não vai sair mais", garantiu.

Ataques

No fim da noite de domingo, traficantes atiraram contra policiais que patrulhavam o Morro do Gambá, no Complexo do Lins, zona norte. Durante o confronto, um projétil atravessou o colete à prova de balas e feriu um policial no peito. Os criminosos fugiram. A UPP foi inaugurada no último dia 2. Na manhã do mesmo dia, um morador da Cidade de Deus, na zona oeste, foi baleado na cabeça durante uma confusão entre PMs da UPP e moradores. Os policiais foram checar a reclamação de uma festa com música alta, feita por um morador, quando foram recebidos a tiros por um homem armado. Ele foi perseguido e capturado. Revoltados, moradores atiraram diversas pedras na direção dos policiais. E em meio ao tumulto, uma pessoa foi baleada.

Na Rocinha, dois moradores e dois PMs foram baleados num intervalo de cerca de 12 horas entre a noite de sexta-feira, 06, e a manhã de sábado, 07. Pelas redes sociais, moradores relataram a ocorrência de diversos confrontos ao longo do fim de semana. Ninguém foi preso.

TIROTEIOS EM FAVELA COM UPP VOLTAM A ASSUSTAR O RIO


Tiroteios em favelas com UPP voltam a assustar zona sul do Rio. Aumento da violência coincide com saída da prisão de traficantes do Comando Vermelho

28 de janeiro de 2014 | 10h 29



Marcelo Gomes - O Estado de S. Paulo


RIO - Pacificados em dezembro de 2009, os Morros do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, na zona sul do Rio, voltaram a registrar tiroteios constantes nos últimos seis meses. O recrudescimento da violência nessas comunidades, que têm cerca de 10 mil habitantes, ocorreu simultaneamente à libertação de traficantes do Comando Vermelho. Os confrontos já deixaram pelo menos dois suspeitos mortos e um policial militar baleado. Moradores e comerciantes de Ipanema e Copacabana estão aterrorizados: além do medo de balas perdidas, lojas nos dois bairros voltaram a ser obrigadas pelo tráfico a baixar as portas.

Os bandidos, que até então evitavam ostentar armas em público, voltaram a usar granadas e armamento de grosso calibre. O último tiroteio ocorreu na noite de sexta-feira, 24, quando policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) foram atacados na parte alta do Pavão-Pavãozinho, que voltou a abrigar uma boca de fumo. Um PM foi ferido de raspão no braço. A UPP pediu reforço do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Após varredura, foram presos dois homens, reconhecidos como envolvidos na troca de tiros. A dupla foi autuada por tentativa de homicídio.

A polícia já sabe que o chefe da venda de drogas na favela, Adauto do Nascimento Gonçalves, o Pitbull, de 33 anos, participou do confronto e conseguiu escapar. Nascido no Pavão-Pavãozinho, foi preso em 2008, quando apresentou aos policiais crachá de vigia das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na comunidade. Está foragido desde julho, quando passou para o regime semiaberto e não retornou à cadeia. "O efetivo da UPP foi dobrado. Agora estamos com 70 policiais nas comunidades em cada turno de 12 horas. Esperamos que os confrontos cessem. Desde sábado, 25, não tivemos nenhum problema", afirmou o coronel Claudio Lima Freire, subcomandante geral das UPPs.

Em outra troca de tiros na mesma localidade do morro, na madrugada de 17 de janeiro, morreu Patrick Costa dos Santos, o Cachorrão, de 25 anos. PMs disseram que ele estava com uma pistola. Santos tinha duas condenações por tráfico e obteve livramento condicional em outubro de 2012. Na manhã seguinte, grande parte do comércio não abriu as portas por causa do luto imposto pelo tráfico.

A outra morte ocorreu em outubro. Apontado como "gerente" da venda de drogas no morro, Thomas Rodrigues Martins, de 32 anos, foi baleado num confronto com PMs que durou cerca de 40 minutos. Preso em 2008, foi condenado por tráfico, mas acabou solto depois que o Tribunal de Justiça reformou a sentença e declarou extinta a punibilidade. Revoltados, moradores puseram o corpo de Martins numa maca e o colocaram no meio da Avenida Nossa Senhora de Copacabana, uma das principais do bairro.

A 13ª DP (Ipanema) abriu inquérito para investigar o retorno do tráfico ao local. Oito pessoas envolvidas nos últimos confrontos foram identificadas e tiveram pedido de prisão feito à Justiça. É um retrocesso muito triste. "Estamos inseguros, apreensivos e com medo. Se o Estado não transformar aquelas comunidades em bairros integrados à cidade formal, com serviços e regularização fundiária, a UPP vai sair do controle. Não adianta só ocupar militarmente", disse Ignez Barreto, do Projeto de Segurança de Ipanema. Presidente da Sociedade de Amigos de Copacabana, Horácio Magalhães concorda: "A segurança tem de estar presente. Mas é inquestionável que os serviços públicos precisam entrar nas comunidades".

Mais um caso. Na Rocinha, outra comunidade da zona sul protegida por UPP, um tiroteio assustou moradores e chegou a causar a interdição da Auto Estrada Lagoa-Barra, que contorna um trecho da favela, às 17h30 desta segunda, 27. Segundo a Coordenadoria de Polícia Pacificadora, policiais foram recebidos a tiros quando faziam patrulha por uma área conhecida como Passarela. Eles revidaram e um suspeito foi baleado no peito. Encaminhado ao Hospital Municipal Miguel Couto, o rapaz não corre risco de morte. Segundo policiais, com ele foi apreendido um carregador de pistola.

DOIS COMANDANTES DE UPP SÃO FERIDOS DURANTE CONFRONTO NA ROCINHA


O Estado de S. Paulo - Atualizado às 16 de fevereiro de 2014 | 13h 41


Dois comandantes de UPPs do Rio ficam feridos durante confronto na Rocinha. Moradores e policias dizem que dupla foi atingida por estilhaços de granada



SÃO PAULO - O comandante das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) do Rio, coronel Frederico Caldas, e a comandante da UPP local, major Priscila de Oliveira, ficaram feridos durante tiroteio ocorrido no fim da manhã deste domingo, 16, na Favela da Rocinha, em São Conrado, na zona sul. Moradores da favela e até mesmo policiais que participavam da operação relatam que Caldas foi atingido por estilhaços de uma granada durante o confronto ocorrido no fim da manhã. A Coordenadoria de Polícia Pacificadora nega a informação, sustentando que o coronel "sofreu uma queda e teve escoriações leves" na cabeça quando tentava se abrigar. A princípio, o ferimento da major Pricilla tinha sido negado oficialmente, mas já foi divulgado que ela sofreu escoriação no pulso esquerdo.



Fábio Motta/Estadão
Marca de tiro em freezer de mercado após confrontos


Caldas foi encaminhado para o Hospital Central da Polícia Militar, onde foi medicado e segue em observação. O jornal comunitário Rocinha Notícias publicou no Facebook que os oficiais foram "atingidos por estilhaços de uma granada atirada em suas direções, quando se preparavam para dar uma entrevista no interior da favela". O policiamento na Rocinha foi reforçado com tropas de outras UPPs e dos batalhões de Choque e de Operações Especiais (Bope).

Policiais dos batalhões de Choque e de Operações Especiais (Bope) fazem incursões no morro em busca de traficantes. Em tiroteio ocorrido na madrugada, pelo menos dois homens ainda não identificados ficaram feridos e um suspeito foi preso. Bases da UPP foram atacadas. Um carro da PM também foi metralhado.

Barricadas. O Túnel Zuzu Angel, que liga os bairros de São Conrado e Gávea, na zona sul, foi fechado com barricadas de pneus em chamas. Assustados, moradores eram obrigados a voltar pela contramão. Um carro da PM foi atingido por tiros e sedes da UPP foram atacadas. Acionado, o Bope da PM chegou à Rocinha por volta das 5h.


O Estado de S. Paulo 16 de fevereiro de 2014 | 12h 31

Rocinha tem madrugada de tiroteios e falta de luz. Traficantes rivais entraram em confronto entre si e com a PM, atacando sedes de UPP; transformadores de energia foram atingidos e túnel foi fechado com barricadas


RIO - Moradores da Favela da Rocinha, em São Conrado, zona sul do Rio, vivenciaram mais uma madrugada de medo e tensão neste domingo, 16. De acordo com a Polícia Militar, traficantes rivais entraram em confronto por volta de 3h30. Em seguida, houve tiroteio entre criminosos e policias da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da favela. Dois homens ainda não identificados foram baleados.

O Túnel Zuzu Angel, que liga os bairros de São Conrado e Gávea, na zona sul, foi fechado com barricadas de pneus em chamas. Assustados, moradores eram obrigados a voltar pela contramão. Um carro da PM foi atingido por tiros e sedes da UPP foram atacadas. Acionado, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM chegou à Rocinha por volta das 5h.

Transformadores de energia foram atacados durante o confronto e trechos da favela continuavam sem luz até o fim da manhã. A UPP da Rocinha foi inaugurada em 20 de setembro de 2012, mas os confrontos entre PMs e traficantes têm sido cada vez mais frequentes. Em julho do ano passado, o ajudante de pedreiro Amarildo de Souza foi morto sob tortura por policiais da UPP após ser detido "para averiguação", apontou investigação da Polícia Civil. O corpo do morador nunca apareceu.



ZERO HORA 16/02/2014 | 14h24

Comandante de UPP se fere em novo tiroteio na Rocinha, no Rio de Janeiro. Corporação afirma que o coronel "se feriu por conta da queda, e não por estilhaço ou por disparo de arma de fogo"



O comandante das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) do Rio, coronel Frederico Caldas, ficou ferido durante novo tiroteio ocorrido no fim da manhã deste domingo, 16, na Favela da Rocinha, em São Conrado, na zona sul.

De acordo com o comando das UPPs, Caldas "caiu e bateu a cabeça quando tentava se abrigar". A corporação afirma que o coronel "se feriu por conta da queda, e não por estilhaço ou por disparo de arma de fogo".

Um jornal comunitário da Rocinha chegou a divulgar no Facebook, por volta de 12h40, que Caldas e a comandante da UPP local, major Priscila de Oliveira, tinham sido baleados quando se preparavam para dar uma entrevista. A Assessoria de Imprensa das UPPs negou a informação.

Caldas foi levado para o Hospital Central da Polícia Militar e ainda não há informações sobre o estado de saúde do coronel. Priscila não está ferida, segundo a PM.

Policiais dos batalhões de Choque e de Operações Especiais (Bope) fazem incursões no morro em busca de traficantes. Em tiroteio ocorrido na madrugada, pelo menos dois homens ainda não identificados ficaram feridos e um suspeito foi preso. Bases da UPP foram atacadas. Um carro da PM também foi metralhado.


AGÊNCIA ESTADO



COMENTÁRIO DO BENGOCHEA
- A Guerra do Rio, uma guerra que nunca acaba...É a guerra mais longa do Brasil, não reconhecida oficialmente e nem resolvida pelos Poderes que existem para garantir a paz social no país.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

OPERAÇÃO NO MORRO DO JURAMENTO

Operação policial no Morro do Juramento deixa 6 mortos

TV Estadão | 04.02.2014



Ação foi planejada segunda-feira( 03.02), depois que uma denúncia anônima apontou que estava escondido naquela favela o veiculo usado pelos traficantes que atacaram a UPP Parque Proletário, no domingo (02.02)



FONTE

http://tv.estadao.com.br/videos,OPERACAO-POLICIAL-NO-MORRO-DO-JURAMENTO-DEIXA-6-MORTOS,225068,0,0.htm

CÓDIGO

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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

OPERAÇÃO PM TEM SEIS MORTOS E DOIS PM FERIDOS


Operação da Polícia Militar no Morro do Juramento tem seis mortos. Dois policiais militares também foram baleados na ação que visa a localizar bandidos que atacaram UPP do Parque Proletário. No ataque à unidade da Vila Cruzeiro, no domingo, uma soldado morreu. Nesta terça-feira, três pessoas foram baleadas em ações em outras comunidades do Rio

TAIS MENDES
BRUNO AMORIM
O GLOBO
Atualizado:4/02/14 - 15h11

PM organiza armas e drogas apreendidas durante operação no Morro do JuramentoMarcos Tristão / O Globo


RIO - Policiais do 41º BPM (Irajá) fizeram uma operação, nesta terça-feira, no Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, na Zona Norte do Rio. Oito suspeitos foram baleados. Seis deles morreram a caminho do Hospital estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes. Dois policiais militares também foram atingidos. São eles: Vinícius Telles de Oliveira e Mauro Batista dos Santos. Os policiais também foram socorridos no Salgado Filho e transferidos em seguida para o Hospital Central da Polícia Militar, no Estácio, onde permanecem internados.

Na ação, os policiais apreenderam quatro fuzis AK-47, duas pistolas, granadas e material para embalar drogas, além de entorpecente que ainda será analisado. Por medida de segurança, a PM chegou a interditar por alguns minutos o trânsito na Avenida Pastor Martin Luther King, um dos acessos ao Juramento. A via já foi liberada.

A operação visa a localizar os bandidos responsáveis por um ataque contra a sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Parque Proletário, na Vila Cruzeiro, na Penha, também na Zona Norte, no último domingo. Na ocasião, a soldado Alda Rafael Castilho, de 26 anos, morreu. O também soldado Marcelo Giliardi ficou ferido, assim como dois moradores.

Além do Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, policiais militares fazem operações em outras quatro comunidades do Rio: Jorge Turco, em Rocha Miranda , Vila Kennedy, em Bangu, Favela do Rola, em Santa Cruz, e Morro do Banco, na Barra da Tijuca. No Morro do Banco, no Itanhangá, policiais do 31° BPM (Recreio dos Bandeirantes) prenderam cinco suspeitos e apreenderam uma pistola 9mm e drogas não contabilizadas. Na comunidade do Rola e Antares, foram encontradas uma pistola e uma mochila com drogas não contabilizadas. Dois suspeitos ficaram feridos e foram encaminhados para o Hospital municipal Pedro II, em Santa Cruz. Já na comunidade 48, na Vila Kennedy, dois homens foram presos por policiais militares do 14° BPM (Bangu) e um ficou ferido. Também foram apreendidos um fuzil AR15 e drogas não contabilizadas.

Nesta segunda-feira, policiais civis e militares realizaram operações em 12 comunidades do Rio sob domínio da facção criminosa que controlava a venda de drogas nos complexos do Alemão e da Vila Cruzeiro, respectivamente, em Ramos e Penha, na Zona Norte. A ação foi determinada pelo Secretaria de Segurança Pública, a partir da confirmação de que a troca de tiros, onde morreu a soldado Alda Rafael, foi orquestrada por integrantes quadrilha. Os policiais descobriram que um dos carros usados no ataque foi roubado em Vicente de Carvalho, o que poderia ter sido uma ação para prejudicar a imagem da Unidade de Polícia Pacificadora. Entre as favelas que estão sendo alvo de operação estão os morros do Juramento, Cajueiro e Chapadão.

Já são oito PMs mortos em áreas com UPP

Baleada domingo num ataque à base da Unidade de Polícia Pacificadora do Parque Proletário, no Complexo do Alemão, Alda Rafael Castilho, de 26 anos, que era soldado, é o oitavo policial militar morto em confrontos em áreas com UPP desde 2012. Na Polícia Militar há dois anos e nove meses, ela, que cursava psicologia, foi atingida pelas costas por um tiro, supostamente de fuzil, disparado de um carro em alta velocidade. Levada para o Hospital Getulio Vargas, na Penha, Alda não resistiu ao ferimento. Das oito mortes de PMs registradas em áreas ocupadas pela polícia, metade aconteceu em favelas que integram os complexos do Alemão e da Penha.

Fabiana Aparecida de Souza, de 30 anos, também soldado, foi a primeira policial lotada numa UPP a ser morta em serviço, na Favela Nova Brasília, em julho de 2012. No mesmo ano, em dezembro, outro policial — Fábio Barbosa da Silva, de 38 anos — morreu em confronto na região. Dois meses antes do ataque de domingo passado, o soldado Melquizebeque dos Santos Basílio, de 29 anos, também morreu ao ser baleado por bandidos no Parque Proletário. As outras mortes aconteceram na Rocinha, no Morro da Coroa, em Santa Teresa, na Favela do Batan, em Realengo, e na Cidade de Deus.

Desde o início do processo de retomada dos territórios que integram os complexos do Alemão e da Vila Cruzeiro, em novembro de 2010, a polícia encontra resistência dos remanescentes da facção que tinha na localidade seu principal reduto. Em meio à ocupação, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, disse que os bandidos tinham transformado a área no QG da facção.

Nos últimos 30 dias, disparos voltaram a ser ouvidos com muita frequência por moradores do Alemão. Semana passada, duas sedes e três postos de UPPs do complexo foram atacados a tiros. O prédio que fica atrás da estação Alemão do teleférico também foi atingido por dois disparos de fuzil. Os bandidos ainda arremessaram bombas de gás lacrimogêneo. No último dia 31, um coquetel molotov foi jogado em frente à 45ª DP (Alemão), inaugurada no fim do ano passado, ao lado do teleférico da Favela Nova Brasília. O artefato atingiu dois veículos particulares estacionados. Uma granada tinha sido lançada na delegacia dias antes. Nenhum suspeito dos ataques foi preso.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

SOLDADO É MORTA EM TIROTEIO CONTRA BANDIDOS QUE ATACARAM BASE UPP


Soldado da UPP do Parque Proletário é morta em tiroteio. Outro policial militar foi ferido na perna. Bandidos atacaram a base da UPP na tarde deste domingo
DO EXTRA
O GLOBO
Atualizado:2/02/14 - 20h13

Ataque ocorreu na basse da UPP do Parque Proletário - Agência O Globo


RIO - Dois policiais militares da UPP do Parque Proletário foram baleados, na tarde deste domingo, durante um intenso confronto entre homens armados com fuzis e os militares, próximo a Praça São Lucas. Os dois foram levados para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, mas a soldado Alda Rafael Castilho não resistiu. Marcelo Gilliard continua internado. Eles estavam dentro do container da UPP quando foram alvejados. Agentes da Divisão de Homicídios (DH) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) estão no local, para fazer a perícia na base da UPP.

A mulher foi atingida no abdômen enquanto o homem foi baleado na perna. Alda era estudante de psicologia e foi aprovada no concurso da Polícia Militar em 2010. Em sua página no Facebook, amigos e parentes lamentaram a morte da soldado.

"Vai com Deus minha amiga, saudades eternas", diz um dos comentários. "Não estou acreditando nisso. Você estava cheia de planos. Meu Deus console os nossos corações porque a revolta é muito grande", escreveu outro colega.

Segundo moradores, homens do Batalhão de Choque (BPChoque) e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) estão no local reforçando o policiamento. Neste momento, carros e motos que entram e saem da favela estão sendo revistados. O comandante da UPP do Parque Proletário acompanha a operação.

Um morador flagrou o momento em que policiais militares da unidade, por volta de 15h30, chegam a uma localidade conhecida como Praça São Lucas para socorrer os colegas. Eles estacionam a viatura e atiram para o alto. Logo depois, colocam os dois PMs feridos no banco de trás do carro e saem correndo.

Segundo PMs de outras unidades que foram chamados para dar apoio na ação, criminosos jogaram uma granada de fabricação caseira em cima da guarnição. O artefato é feito com pregos e enrolados por uma fita adesiva vermelha.


PLANTÃO
01/02/2014 - 20:48

Sábado de confronto entre PMs e criminosos na Rocinha e no Parque Proletário

Extra


O sábado teve confronto entre criminosos e policiais em UPPs nas zonas Sul e Norte da cidade. O primeiro caso aconteceu na unidade do Parque Proletário, na Penha. Policiais faziam uma ronda pela comunidade, às 15h30m, quando foram atacados a tiros por um grupo de homens armados. Eles estavam no alto do morro, perto da base da UPP. Os agentes trocaram tiros com os bandidos, que conseguiram fugir. No local foram encontradas duas bombas de fabricação caseira e ninguém ficou ferido.

No fim da tarde, foi a vez da Rocinha ter troca de tiros entre PMs e bandidos. De acordo com a Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), uma equipe policial foi atacada no Beco do Máscara, uma localidade próxima à Rua Três. Houve tiroteio e os bandidos conseguiram fugir. O policiamento na localidade foi reforçado e estão sendo feitas buscas para encontrar os atiradores. O caso foi registrado na 11ª DP (Rocinha).