O Rio de Janeiro é o espelho do Brasil. O que ocorre no Rio de Janeiro fatalmente se transmitirá em cadeia para os outros Estados da Federação. As questões de justiça criminal e ordem pública não fogem desta regra. Portanto, é estratégico manter a atenção, estudar o cenário, analisar as experiências e observar as políticas lá realizadas, ajudando no alcance dos objetivos. A solução desta guerra envolve leis duras e um Sistema de Justiça Criminal integrado, ágil, coativo e comprometido em garantir o direito da população à segurança pública.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

SOB AMEAÇA, CENTRAL DAS FAVELAS INTERROMPE ATIVIDADES


Central das Favelas interrompe atividades no Alemão

19 de agosto de 2013 | 20h 14

FÁBIO GRELLET - Agência Estado



A Central Única das Favelas (Cufa), ONG criada no Rio em 1998 pelo rapper MV Bill e pelo produtor Celso Athaíde, paralisou a partir desta segunda-feira, 19, suas atividades oferecidas no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio, em solidariedade ao Grupo Cultural AfroReggae, ONG que sofreu atentados e também teve que interromper ações promovidas no conjunto de favelas.

Segundo o site da Cufa, cerca de 400 crianças e adolescentes são atendidos em projetos sociais da entidade no Alemão. A entidade está instalada nessa comunidade desde 2004. "Após 9 anos de atividades, a Cufa informa que suspenderá todas as suas atividades no Complexo do Alemão a partir desta segunda-feira, (...) em solidariedade ao Grupo Cultural AfroReggae nas comunidades da Grota e da Vila Cruzeiro", informou a Cufa por meio de nota distribuída internamente.

"As operações serão retomadas quando as restrições impostas ao grupo forem retiradas ou quando nossa instituição estiver segura e convicta de que nenhuma ação de quem quer que seja poderá levar medo ou risco às suas atividades ou seus membros", conclui a nota.

Duas sedes do AfroReggae no Complexo do Alemão sofreram atentados desde julho.

MENINO E TRÊS PMS SÃO BALEADOS EM TIROTEIO


Menino e três PMs são baleados em tiroteio no Complexo do Alemão. Garoto de 12 anos foi atingido na perna na porta de casa durante troca de tiros entre policiais e traficantes

21 de agosto de 2013 | 10h 13

Marcelo Gomes - O Estado de S. Paulo



RIO - Um menino de 12 anos e três policiais militares foram baleados durante uma troca de tiros com traficantes na Favela Nova Brasília, no Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro, por volta das 23h de terça-feira, 20.

Os PMs da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Nova Brasília faziam um patrulhamento de rotina quando se depararam com criminosos armados em cima da laje de uma casa, na localidade conhecida como Largo da Vivi. Ao avistarem os policiais, os bandidos abriram fogo. Houve confronto e quatro pessoas foram feridas. Os traficantes conseguiram escapar.

Tiago Antônio da Silva, de 12 anos, estava na porta de casa e foi atingido por um tiro na perna. Ele foi levado por policiais à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Alemão, e depois foi encaminhado ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. Ele passa bem.

Os PMs feridos não tiveram os nomes divulgados. Eles também foram levados ao Getúlio Vargas, e dois já tiveram alta: um foi atingido de raspão no braço, e o outro, nas costas. O terceiro policial foi baleado no ombro. Ele foi submetido a uma cirurgia para retirada do projétil e não corre risco de morte.

De acordo com a Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), o patrulhamento foi reforçado na região com policiais de outras UPPs. Eles estão à procura dos criminosos. O caso foi registrado na 22ª Delegacia de Polícia (Penha).

As favelas do Complexo do Alemão e do vizinho Complexo da Penha foram ocupadas pelas forças de segurança em novembro de 2010, após uma onda de ataques promovidos por traficantes que se refugiavam na região. Até então as comunidades eram consideradas o "quartel-general" do Comando Vermelho. As favelas permaneceram ocupadas pelo Exército por cerca de um ano e meio. Em meados de 2012, o Complexo do Alemão ganhou quatro UPPs. Outras quatro UPPs foram inauguradas no Complexo da Penha.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

CONFRONTO ENTRE TRAFICANTES DEIXA 3 MORTOS E UM FERIDO

G1 - 07/08/2013 09h17

Confronto entre traficantes em favela deixa mortos na Zona Oeste do Rio. Criminosos de facções rivais entraram em confronto no Morro do Sapo. Segundo PM, três pessoas morreram e uma ficou gravemente ferida.

Do G1 Rio



Traficantes tentaram invadir o Morro do Sapo, em Senador Camará, Zona Oeste do Rio, nesta quarta-feira (7), e entraram em confronto com criminosos de uma facção rival, que controla o tráfico de drogas no local. Segundo a PM, três pessoas morreram e uma foi encaminhada em estado grave a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Agentes do 14º BPM (Bangu) foram acionados e ocuparam o local, por volta de 4h e recuperaram quatro veículos roubados, até as 8h50. Os veículos foram roubados nas cidades de São João de Meriti e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, o que indica que a tentativa de invasão teria sido comandada por traficantes do Morro do Chapadão, em Costa Barros, de acordo com a Polícia Militar.

Testemunhas informaram à polícia que um dos mortos seria um morador sem envolvimento com o tráfico de drogas. Agentes da Divisão de Homicídios (DH), que assumiu as investigações, fizeram a perícia no local.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

DESGASTE NA POLÍTICA DAS UPPS

CBN RIO - SEXTA, 02/08/2013, 10:42

Beltrame nega desgaste na política das UPPs, mas reconhece 'problemas locais'


Em entrevista exclusiva à CBN, secretário de Segurança diz que monitora migração de traficantes para o interior do estado e afirma que não quer enganar a população mandando PMs para serem retirados em seguida.

O secretário estadual de Segurança negou desgaste na política das UPPs, mas reconheceu que há 'problemas locais identificáveis'. José Mariano Beltrame lembrou, ainda, das mazelas na Polícia Militar, que não são generalizadas.

Beltrame afirmou que 'nunca vai estar satisfeito em relação à segurança pública' e disse que se baseia em resultados.

Sob protestos que pedem a desmilitarização da Polícia Militar, o secretário acredita que a medida pode ser boa, mas é preciso ser mais discutida. Ele deu o exemplo da polícia chilena, que, segundo Beltrame, oferece aperfeiçoamento com cursos e universidade, e complementa com outros conhecimentos.

Durante a entrevista, o secretário de Segurança disse que monitora a migração de traficantes para o interor do estado e afirmou que não 'quer enganar a população mandando PMs para serem retirados em seguida'. Beltrame explicou que a permanência da polícia na favela da Mangueirinha, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, não se trata de uma Unidade da Polícia Pacificadora, mas sim de um destacamento permanente da PM e que a ocupação já estava planejada. Segundo ele, 'o destacamento é um policiamento que não tem todas as características da UPP'.

Sobre o caso Amarildo, José Mariano Beltrame afirmou que está 'imbuído pessoalmente na elucidação do caso'. O pedreiro sumiu há duas semanas, após ser levado por policiais da UPP da Rocinha para prestar depoimento.

Mariano Beltrame, secretário de Segurança do Rio
(Crédito: Guilherme Pinto / Extra / Agência O Globo)