O Rio de Janeiro é o espelho do Brasil. O que ocorre no Rio de Janeiro fatalmente se transmitirá em cadeia para os outros Estados da Federação. As questões de justiça criminal e ordem pública não fogem desta regra. Portanto, é estratégico manter a atenção, estudar o cenário, analisar as experiências e observar as políticas lá realizadas, ajudando no alcance dos objetivos. A solução desta guerra envolve leis duras e um Sistema de Justiça Criminal integrado, ágil, coativo e comprometido em garantir o direito da população à segurança pública.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

ALEMÃO REGISTRA NOVA TROCA DE TIROS


Mesmo com policiamento reforçado, Alemão registra nova troca de tiros. De acordo com a Coordenadoria da Polícia Pacificadora, o confronto entre PMs e bandidos aconteceu na região da UPP do Alemão

POR TAÍS MENDES / WALESKA BORGES
O GLOBO  21/07/2014 14:21


Crianças observam o contêiner da UPP que foi incendiado no Alemão - Márcia Foletto / Agência O Globo

RIO - Apesar do policiamento reforçado, uma nova troca de tiros foi registrada. De acordo com a Coordenadoria da Polícia Pacificadora, o confronto entre PMs e bandidos aconteceu na região da UPP do Alemão, na localidade conhecida com o Avenida Central. Dois criminosos foram detidos e levados para 22ª DP (Penha). Não há informações de feridos. De acordo com a secretaria estadual de Educação, duas escolas na região foram fechadas e 550 alunos estão sem aula. As aulas foram suspensas no Colégio Estadual Jornalista Tim Lopes (350 alunos no turno da tarde) e CAIC Theóphilo de Souza Pinto (200 alunos). Mais cedo, a secretaria municipal de Eduacação informou que as 35 escolas que funcionam no complexo de favelas estão funcionando.

Na noite domingo, traficantes atacaram a sede da UPP do Alemão, na Rua Canitá. Eles provocaram um incêndio no contêiner e um policial militar ficou ferido. Um carro da PM e uma motocicleta também pegaram fogo. O ato teria sido uma represália à morte de Matheus Alexandre da Silva, de 18 anos, atingido por disparos na tarde de domingo, durante tiroteio entre policiais e traficantes.

Na manhã desta segunda-feira, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) e o Batalhão de Choque foram acionados para reforçar a segurança na comunidade e realizar buscas por suspeitos de terem cometido o ataque. A PM isolou uma faixa em frente ao contêiner da unidade e está revistando motociclistas. Um caminhão que estava fazendo descarga em um supermercado também foi orientado a sair do local.

Dois policiais militares que estavam dentro do contêiner na Rua Canita, atacada por bandidos, contaram que os traficantes dispararam cerca de 130 tiros contra a unidade. Um dos disparos atingiu o relógio de luz, o que provocou o incêndio no módulo e no carro da PM que estava estacionado ao lado da unidade. A moto de um vizinho também foi atingida no tanque de combustível e acabou destruída pelo fogo. Nas fachadas e portões de casas ao lado da UPP há muitas marcas de tiros. O carro da PM incendiado permanece no local.

Segundo os policiais, os tiroteio durou cerca de dez minutos. Os PMs que estavam dentro da unidade conseguiram se abrigar e não foram feridos. Já o soldado Cordeiro, que saiu de dentro do contêiner, acabou baleado na cintura. Ele chegou a ser levado para Hospital estadual Getúlio Vargas, na Penha, e depois transferido para o Hospital Central da Polícia Militar, no Centro.transferido para o Hospital Central da Polícia Militar, no Centro. A energia já foi restabelecida na Favela Nova Brasília. Por volta das 11h30m, o clima era de aparente tranquilidade na região, e o comércio funcionava normalmente.

MORRE SUPEITO DE TRÁFICO PRESO NO DOMINGO

A Secretaria municipal de Saúde confirmou a morte do suspeito de envolvimento com tráfico de drogas Diogo Wellington Costas, o Bebezão, de 28 anos, baleado na barriga no sábado, durante uma troca de tiros no Complexo do Alemão. Ele passou por uma cirurgia, mas não resistiu.

Bebezão foi preso quando participava de uma festa na comunidade. Ele portava armas e, ao perceber a presença de policiais no local, tentou fugir junto com outro suspeito em uma moto. Eles fizeram disparos contra os PMs. Houve confronto, e Bebezão foi ferido na barriga. Ele ainda conseguiu fugir, mas foi capturado logo depois.

TELEFÉRICO PARADO DESDE QUINTA-FEIRA
Carro da UPP do Alemão incendiado por criminosos - Foto de leitor

O Teleférico do Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, amanheceu fechado nesta segunda-feira. De acordo com a SuperVia, técnicos seguem com inspeção nos equipamentos em função de problemas de segurança pública. Desde a quinta-feira, o teleférico estava fechado após um outro tiroteio que aconteceu na comunidade.

Segundo a concessionária, o procedimento é adotado para garantir a segurança dos passageiros e a eficiência operacional do sistema. Não há previsão para que a operação seja retomada.



Read more: http://oglobo.globo.com/rio/mesmo-com-policiamento-reforcado-alemao-registra-nova-troca-de-tiros-13323843#ixzz3883YSyF3

terça-feira, 15 de julho de 2014

SARGENTO PM É MORTO A TIROS DURANTE PERSEGUIÇÃO


JORNAL EXTRA 15/07/14 10:55

PM é morto durante perseguição em Campo Grande

Extra



O primeiro sargento da Polícia Militar Antônio Carlos Novaes, de 43 anos, foi morto a tiros, na madrugada desta terça-feira, quando perseguia dois suspeitos de assalto em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. O PM e colegas de farda foram alertados sobre a dupla, que estava de carro, e montaram um cerco na esquina da Avenida Santa Cruz com Estrada do Pré. De acordo com informações da corporação, os suspeitos abriram fogo contra os policiais e acertaram o sargento. Ele chegou a ser levado para o Hospital Estadual Rocha Faria, também em Campo Grande, e em seguida foi transferido para o Hospital Central da Polícia Militar, no Estácio, Zona Norte do Rio, onde morreu.

Policiais de outra equipe conseguiram localizar o carro. Houve nova perseguição seguida de tiroteio. Um dos suspeitos foi ferido e socorrido no Rocha Faria. O outro foi detido e encaminhado para a 35ª DP (Campo Grande), onde o caso foi registrado. Com a dupla, segundo a PM, foram apreendidos um revólver calibre 38 e uma réplica de pistola.

O sargento Antônio Carlos era casado e tinha 2 filhos. O policial militar estava há 19 anos na corporação. Ainda não há informações sobre horário e local do enterro dele.


Leia mais: http://extra.globo.com/casos-de-policia/pm-morto-durante-perseguicao-em-campo-grande-13262343.html#ixzz37YNDhdE6

domingo, 13 de julho de 2014

FILHO DE PM É ESPANCADO E MORTO POR MILICIANOS


JORNAL EXTRA 11/07/14 07:19

Jovem é morto por milicianos no Piscinão de Ramos; polícia investiga

Hugo Silva foi espancado por milicianos na última terça-feira Foto: Reprodução


Igor Ricardo e Marcos Nunes


A Divisão de Homicídios (DH) investiga a morte de um jovem na última terça-feira depois de ter sido espancado por milicianos nas proximidades do Piscinão de Ramos, na Zona Norte do Rio. De acordo com informações que chegaram pelo WhatsApp do EXTRA (21 99809-9952 e 21 99644-1263), o rapaz identificado apenas como Hugo Silva, de 19 anos, teria sido agredido com socos e pontapés porque estava urinando em local impróprio. O crime ocorreu logo após o jogo entre Brasil e Alemanha. Alguns moradores se reuniam em um bar para acompanhar a partida.

Morte de jovem no Piscinão de Ramos está sendo investigada pela DH 11/12/2011 Foto: Fábio Guimarães / Agência O Globo


A vítima, que também era filho de um policial militar, foi abordada então por um integrante da milícia quando começou a agressão. Hugo teria reagido. Com isso, outros integrantes da quadrilha, inclusive o chefe da milícia, se juntaram para espancar o rapaz. Parentes e moradores da região já foram ouvidos pela Polícia Civil. Novos depoimentos devem ser feitos em breve.

- O mais importante neste caso é quem foram os autores do crime. Vamos chegar nessas pessoas. Daremos uma resposta - afirmou o delegado Alexandre Herdy.

Ainda segundo os relatos, o corpo de Hugo foi jogado na Avenida Brasil para parecer que tinha sido atropelado. Hugo foi enterrado na manhã de quarta-feira no cemitério do Caju. Ele morava com a mãe e o padastro na favela Roquete Pinto, em Ramos.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

MULHERES AINDA SÃO AS GRANDES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA CAPITAL FLUMINENSE


Segundo estudo, 40% das vítimas moram no município. Foram 130 agressões por dia entre 2012 e 2013

POR O GLOBO
10/07/2014 5:00




RIO — Com uma população de 3,36 milhões (53,2% do total, de acordo com o Censo de 2010), as mulheres ainda são as grandes vítimas de violência na capital. Segundo informações do Dossiê Mulher de 2013 e do Instituto de Segurança Pública (ISP) de 2012, cerca de 40% das agressões no estado ocorreram na cidade do Rio. Além disso, 130 mulheres por dia sofreram algum tipo de violência no município e, por dia, 63 foram machucadas. Apesar dos avanços com a criação da Lei Maria da Penha, em 2006, a persistência desses crimes é preocupante. O Rio Como Vamos (RCV) vê o combate à violência contra a mulher como uma questão central de direitos humanos, que vai muito além da segurança, englobando temas como educação e saúde.

Dados do RCV mostram que, de 2011 a 2013, o número de ocorrências não diminuiu, e alguns registros são preocupantes. Na comparação entre o primeiro trimestre de 2013 e o mesmo período deste ano, todos os indicadores apresentaram aumento.

JACAREPAGUÁ: MAIS AMEAÇAS

Em relação às ameaças, os registros passaram de 21.423, em 2011, para 21.482, em 2013. As piores situações ocorreram em Jacarepaguá (com o maior volume de ocorrências em 2012 e 2013), e na Barra da Tijuca, onde o número de casos cresceu 18% (de 949 para 1.120). Entre o 1º trimestre de 2013 e de 2014, os números subiram 21,4% (de 5.219 para 6.334).

Apesar da queda entre 2012 e 2013, de 3%, os casos de lesão corporal passaram de 22.158, em 2011, para 22.970, em 2013. A região do Méier foi a que apresentou o maior aumento, de 2012 para 2013 (11,6%). No comparativo entre o primeiro trimestre de 2013 e igual período de 2014, os registros de lesão corporal aumentaram 13,5% (de 5.714 para 6.483).

ESTUPRO PREOCUPA CARIOCA

Segundo o RCV, o estupro merece destaque pela gravidade da violência. Apesar de uma ligeira redução, de 4,8%, entre 2012 e 2013, o crime (abrange estupro de menor e adulto) teve um aumento de 25,4%, entre 2011 e 2012. O maior aumento ocorreu em Guaratiba: 78,4%. No primeiro trimestre de 2014, a cidade apresentou um crescimento de 16,2% (de 364 para 423 casos), quando comparado com igual período do ano passado. A pesquisa de percepção do RCV, de junho de 2013, ratificava esse quadro e mostrava que o estupro era uma preocupação de 22% dos cariocas.

Já os registros de tentativa de homicídio contra mulheres no Rio apresentaram elevação de 6%, de 2011 a 2012, e queda de 7,8%, entre 2012 e 2013. O RCV aponta para uma estabilidade que merece atenção, uma vez que o total de ocorrências permanece quase o mesmo: saiu de 218 (2011) para 213 (2013).

Os homicídios são o último degrau da violência e estão numa trajetória ascendente na cidade: na comparação entre 2011 e 2013, o número de casos foi de 119 para 125 (5% de aumento). As zonas Oeste e Norte lideram os registros, sendo que na região de Madureira o número de ocorrências dobrou, de 2012 para 2013 (de 6 para 12). Nos três primeiros meses de 2014, os casos voltaram a crescer, dessa vez em 50% (de 32 para 48), em relação ao primeiro trimestre de 2013.

FALTA DE INFORMAÇÕES: DESAFIO

O RCV reforça a necessidade de se investigar o motivo de as zonas Oeste e Norte concentrarem mais casos de violência contra a mulher. Segundo a delegada titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) do Centro, Célia Silva Rosa, o maior desafio para cumprir seu trabalho está na falta de informações sobre a pessoa que cometeu o crime:

— Muitas mulheres vêm à delegacia registrar a ocorrência, mas não têm informações mínimas como nome completo, filiação e data de nascimento do agressor. Na hora de efetuarmos a prisão, algumas avisam seus parceiros, pois se arrependem de ter denunciado. Outras vezes, o casal se reconciliou.

Outro complicador está no fato de Célia Rosa não contar com um delegado assistente e ter uma equipe muito pequena. Ela reforça a visão do RCV de que o combate à violência contra a mulher passa pela educação, e aponta o que precisa mudar:

— Os familiares e as escolas têm que trabalhar a importância do respeito ao próximo, que é uma questão de direitos humanos. O tema deveria fazer parte da disciplina das escolas, desde o ensino fundamental.