O Rio de Janeiro é o espelho do Brasil. O que ocorre no Rio de Janeiro fatalmente se transmitirá em cadeia para os outros Estados da Federação. As questões de justiça criminal e ordem pública não fogem desta regra. Portanto, é estratégico manter a atenção, estudar o cenário, analisar as experiências e observar as políticas lá realizadas, ajudando no alcance dos objetivos. A solução desta guerra envolve leis duras e um Sistema de Justiça Criminal integrado, ágil, coativo e comprometido em garantir o direito da população à segurança pública.

domingo, 14 de outubro de 2012

PRESO TRAFICANTE ENVOLVIDO EM MORTE DE MODELO


Polícia prende um dos chefes do tráfico da Rocinha. Rodrigo Belo Ferreira, o ‘Rodrigão’, foi detido por soldados da UPP da comunidade

O Globo
13/10/12 - 19h57


O Disque Denúncia oferecia uma recompensa de R$ 2 mil por informações que levassem a prisão de Rodrigão Disque Denúncia/Divulgação


RIO - Policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha prenderam na tarde deste sábado um dos chefes do tráfico de drogas da comunidade. Rodrigo Belo Ferreira, de 30 anos, vulgo Rodrigão, foi detido em uma casa na localidade conhecida como Roupa Suja. Contra ele, que é acusado pela polícia de comandar a venda de drogas na parte baixa da comunidade, havia um mandado de prisão por tráfico.

Ferreira não resistiu a prisão. Com ele foi apreendida uma pistola 9 milímetros e um carregador. Um homem identificado como Rafael dos Santos Martins de Souza, de 23 anos, que estava com Rodrigão no momento da chegada da polícia, também foi preso. Segundo a polícia, desde a prisão do traficante Nem, Rodrigão vinha assumindo o comando na venda de drogas da parte baixa da favela. Ele está sendo levado para a 14ª DP (Ipanema) onde será registrada a ocorrência policial.

Preso é acusado de envolvimento em morte de modelo, e teria participado de invasão do Intercontinental

Segundo o Disque Denúncia, Rodrigão seria parte do grupo de bandidos cujos integrantes invadiram o Hotel Intercontinental, em São Conrado, em 2010, para fugir da polícia. A invasão ao hotel ocorreu após o grupo trocar tiros com a polícia na Rua Aquarela do Brasil, no mesmo bairro. Uma mulher morreu e quatro policiais militares ficaram feridos durante o tiroteio.

Rodrigão também é acusado de estar envolvido na morte da modelo Luana Rodrigues de Sousa, desaparecida desde 9 de maio do ano passado. A jovem saiu de casa, na Estrada das Canoas, em São Conrado, Zona Sul do Rio, em direção à Rocinha, dizendo que iria resolver um problema. As investigações da Delegacia de Homicídios (DH/Capital) apontaram que Luana era usada no transporte de drogas da favela para outras comunidades do Rio.

Luana teria sido executada depois de Nem, antigo chefe do tráfico da comunidade e hoje preso, ter descoberto que ela mantinha um relacionamento amoroso com um militar lotado no 23 BPM (Leblon). Ao dar a ordem, o traficante Nem, apontaram investigações da polícia, acreditava que a modelo estaria repassando informações de sua quadrilha para os policiais.

Luana foi assassinada no alto da Favela da Rocinha, mas não morreu sozinha: uma amiga e um rapaz foram mortos na mesma ocasião. O bandido não queria testemunhas. Os três tiveram os corpos destroçados e enterrados na mata. Uma investigação da Divisão de Homicídios (DH) chegou aos autores, entre eles Nem. Além dele e de Rodrigão, dois outros homens são acusado de envolvimento no caso: Ronaldo Patrício da Silva, de 36 anos, que se entregou à polícia em novembro de 2011, quando a Rocinha foi ocupada pela PM; e Thiago de Sousa Cherú, o Dorey, que ainda está foragido.

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