O Rio de Janeiro é o espelho do Brasil. O que ocorre no Rio de Janeiro fatalmente se transmitirá em cadeia para os outros Estados da Federação. As questões de justiça criminal e ordem pública não fogem desta regra. Portanto, é estratégico manter a atenção, estudar o cenário, analisar as experiências e observar as políticas lá realizadas, ajudando no alcance dos objetivos. A solução desta guerra envolve leis duras e um Sistema de Justiça Criminal integrado, ágil, coativo e comprometido em garantir o direito da população à segurança pública.

domingo, 21 de dezembro de 2014

LÍDER COMUNITÁRIO DO ALEMÃO É ASSASSINADO

VEJA ONLINE 21/12/2014 - 11:24


Líder comunitário de favela é assassinado em centro cultural . Guinha era militante da causa gay e fundador de Grupo Diversidade do Alemão





Polícia reforçou a segurança no Complexo do Alemão, após protesto (Reprodução/TV/VEJA)

O presidente da Associação de Moradores do Conjunto das Casinhas, na comunidade da Fazendinha, no Complexo do Alemão (zona norte), Luiz Antônio de Moura, de 41 anos, foi assassinado na tarde de ontem. Conhecido como Guinha, ele foi baleado em um centro cultural da comunidade. Guinha era militante da causa gay e fundador do Grupo Diversidade LGBT do Alemão.



Os tiros foram disparados de dentro de um carro que passou em frente à casa. O crime é investigado pela Divisão de Homicídios (DH). Um rapaz de 18 anos foi atingido no braço, atendido em um hospital da região e está fora de perigo.

Em sua página no Facebook, Guinha publicou, nos últimos dias, fotos de festas e atividades comunitárias. O líder comunitário é personagem do documentário "Favela Gay", sobre a militância em defesa dos direitos dos homossexuais nas comunidades cariocas, produzido por Cacá Diegues e Renata de Almeida Magalhães. No filme, Guinha contou episódios de perseguição a homossexuais e transexuais do conjunto de favelas.

O líder comunitário dizia que, no passado, eram frequentes ataques comandados por traficantes. "Para eles, policial, x-9 (delator) e gay eram a mesma coisa", disse. A intolerância, afirmou, ficava mais grave com a presença de igrejas evangélicas nas favelas. "Nos cultos, nos atacam abertamente. Se o gay for espírita ou umbandista, complica ainda mais", lamentou.

Em nota, a Coordenadoria de Polícia Pacificadora informou que policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) ouviram os disparos e encontraram o corpo de Guinha, na localidade de Casinhas, no fim da tarde de ontem. O corpo foi levado para a Instituto Médico Legal (IML).

(Com Estadão Conteúdo)

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