O Rio de Janeiro é o espelho do Brasil. O que ocorre no Rio de Janeiro fatalmente se transmitirá em cadeia para os outros Estados da Federação. As questões de justiça criminal e ordem pública não fogem desta regra. Portanto, é estratégico manter a atenção, estudar o cenário, analisar as experiências e observar as políticas lá realizadas, ajudando no alcance dos objetivos. A solução desta guerra envolve leis duras e um Sistema de Justiça Criminal integrado, ágil, coativo e comprometido em garantir o direito da população à segurança pública.

sábado, 12 de abril de 2014

PRIMEIRA MORTE EM CONFRONTO COM O EXÉRCITO APÓS A OCUPAÇÃO



Maré registra primeira morte em confronto com o Exército após ocupação, e moradores protestam. Grupo chegou a fechar a Linha Vermelha, na altura da Linha Amarela, mas trânsito já foi liberado

O GLOBO
Atualizado:12/04/14 - 12h11

PMs patrulham a Avenida Brasil após manifestação de moradores da Vila do João, no Complexo da Maré Gabriel de Paiva


RIO - No dia em que a ocupação do Complexo da Maré pelas Forças Armadas completa uma semana, foi registrada na manhã deste sábado, pela primeira vez, uma morte em confronto envolvendo militares que atuam na comunidade. Um homem de 20 anos, ainda não identificado, foi atingido por três disparos, na Vila dos Pinheiros, por volta de 8h. Segundo o Exército, a vítima teria reagido a tiros a uma abordagem. Já os moradores da região afirmam que o rapaz era funcionário de um lava-jato. Vários protestos já foram realizados durante a manhã, com pelo menos três tentativas de fechamento de vias do entorno como a Linha Vermelha, a Avenida Brasil e a Linha Amarela.

De acordo com o Exército, foram encontrados com a vítima um radiocomunicador e três cartuchos de pistola. Também segundo a corporação, um outro homem envolvido no confronto conseguiu fugir. Já os manifestantes dizem que a vítima, que era conhecida como “Feio”, ele chegava para trabalhar, e após ver um homem correndo na rua, teria se assustado e também correu.

Ele não era bandido. A ação do Exército aqui está horrível. Eles não deixam mais a gente sair na rua — reclamou a dona de casa Nessia Santos, de 42 anos.

A primeira manifestação aconteceu na Avenida Brasil e foi controlada pela polícia. Os moradores, então, seguiram para dentro da Vila dos Pinheiros, na Rua Bento Ribeiro Dantas, na esquina com a Rua do Meio, onde continuaram a reivindicar. Em outras duas ocasiões, os manifestantes tentaram interdições de vias usando paus e pedras.



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