O Rio de Janeiro é o espelho do Brasil. O que ocorre no Rio de Janeiro fatalmente se transmitirá em cadeia para os outros Estados da Federação. As questões de justiça criminal e ordem pública não fogem desta regra. Portanto, é estratégico manter a atenção, estudar o cenário, analisar as experiências e observar as políticas lá realizadas, ajudando no alcance dos objetivos. A solução desta guerra envolve leis duras e um Sistema de Justiça Criminal integrado, ágil, coativo e comprometido em garantir o direito da população à segurança pública.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

REAÇÃO VIOLENTA


ZERO HORA 23 de abril de 2014 | N° 17772


Morte gera confronto em favela do Rio


A morte de um dançarino de 25 anos provocou uma série de confrontos entre a polícia e moradores das comunidades Pavão-Pavãozinho/Cantagalo, na zona sul do Rio.

O tumulto começou após a notícia de que Douglas Rafael da Silva Pereira, o DG, foi encontrado morto, na manhã de ontem, por policiais da 13ª DP (Ipanema) e PMs da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Pavãozinho durante perícia no alto do morro. Douglas era motoboy, mas trabalhava como dançarino no programa Esquenta, da TV Globo.

Revoltados com a morte, moradores da favela atearam fogo em vários pontos da comunidade, e também interditaram a Avenida Nossa Senhora de Copacabana, uma das principais vias do bairro. Policiais do Choque foram ontem à região, onde 10 policiais da UPP ficaram encurralados em uma casa no alto da comunidade à noite.

O trânsito na região ficou bastante complicado e estações de metrô próximas foram fechadas. Helicópteros da polícia sobrevoavam a favela, de onde se ouvia sons de tiros e bombas. Um carro foi incendiado em um dos acessos ao Pavão-Pavãozinho. A polícia avalia que a ação tenha sido orquestrada por traficantes do Comando Vermelho.

O corpo de Pereira foi localizado no interior de uma escola. PMs chamaram a diretora para abrir o colégio e viram que o corpo estava junto a um barranco de 10 metros de altura. Segundo policiais, não havia marcas de tiro na vítima. Moradores contam que Pereira foi perseguido pelas vielas da favela na noite de segunda-feira, durante o tiroteio. Não está claro se o rapaz caiu do barranco ou foi empurrado. Policiais contam que Pereira estava com uma costela quebrada.

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