O Rio de Janeiro é o espelho do Brasil. O que ocorre no Rio de Janeiro fatalmente se transmitirá em cadeia para os outros Estados da Federação. As questões de justiça criminal e ordem pública não fogem desta regra. Portanto, é estratégico manter a atenção, estudar o cenário, analisar as experiências e observar as políticas lá realizadas, ajudando no alcance dos objetivos. A solução desta guerra envolve leis duras e um Sistema de Justiça Criminal integrado, ágil, coativo e comprometido em garantir o direito da população à segurança pública.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

TRÁFICO SE MANTÉM NA MARÉ


ZERO HORA 07 de abril de 2014 | N° 17756



DEPOIS DE OCUPAÇÃO



Alvo de uma operação de segurança que hoje completa oito dias, o complexo de favelas da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, ainda abriga traficantes. O próprio comandante da Força de Pacificação, general de brigada Roberto Escoto, reconhece a presença do tráfico no local. Desde sábado, a ação envolve 2,7 mil agentes entre militares e policiais.

– Alguns bandidos abandonaram a Maré, mas outros continuam aqui – disse o general.

Segundo ele, os criminosos que permanecem na Maré estão sendo procurados tanto pelos militares que fazem policiamento ostensivo nas 15 favelas do complexo como por agentes do setor de inteligência, que têm tentado monitorar suspeitos.

O primeiro episódio de violência entre facções rivais após a ocupação dos militares aconteceu na manhã de ontem. Claudio de Brum dos Reis, 22 anos, foi espancado e jogado em uma vala. Chamados por moradores, os militares chamaram uma ambulância para prestar socorro ao rapaz. Nesse momento, integrantes de facções rivais se reuniram e houve uma tentativa de confronto, segundo o Exército.

Para evitar a briga e dispersar as pessoas, os militares dispararam tiros para o alto e usaram gás de pimenta. Ninguém foi preso.

Fora esse episódio, a presença dos agentes de segurança nos dois primeiros dias de ocupação dos militares praticamente não alterou a rotina das favelas. Com território de 10 quilômetros quadrados dividido entre duas facções criminosas (Comando Vermelho e Terceiro Comando Puro) e uma milícia, o conjunto de favelas da Maré reúne 130 mil moradores.

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