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quarta-feira, 12 de março de 2014

AÇÃO ORQUESTRADA NO ATAQUE A CARRO DA PM


Ataque a carro da PM na Rocinha parece ação orquestrada pelo tráfico, diz comandante. Ataque foi flagrado no dia 25 de dezembro do ano passado

ANA CLÁUDIA COSTA 
O GLOBO
Atualizado:12/03/14 - 11h41


O momento em que o carro da PM foi cercado por moradores na Rocinha, que logo depois depredaram o veículo e atacaram policiais Marcelo Carnaval / Reprodução / TV Globo


RIO - O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Luís Castro, disse após analisar o vídeo feito na Rocinha, onde populares depredam uma da PM e agridem policiais, que as imagens mostram que parece ser uma atitude orquestrada pelo tráfico para dificultar a atuação dos policiais. O coronel aproveitou para parabenizar e elogiar a atitude dos policiais da UPP, que não reagiram às agressões e provocações em uma rua da Rocinha.

O ataque foi no último dia 25 de dezembro. O grupo de homens, que seriam “prestadores de serviço” do tráfico, atacou um carro da UPP. Cerca de 15 pessoas, todas sem fuzis ou pistolas, encurralaram um carro da PM numa via da favela, à luz do dia, e passaram a depredar o veículo: elas jogaram tijolos e quebraram os vidros laterais e traseiros do automóvel. Quatro dos manifestantes agrediram os policiais, que não reagiram. As cenas de agressão foram mostradas nesta terça-feira no “Jornal Nacional”, da Rede Globo. De acordo com a reportagem exibida, ações como essa seriam realizadas, a mando dos traficantes, para atrapalhar o trabalho da Unidade de Polícia Pacificadora no local.

As imagens foram gravadas pelas câmeras da UPP e do próprio carro da PM. A confusão teria começado depois da apreensão de uma mochila, com armas e drogas, pela equipe da Polícia Militar cercada. Depois de muita discussão, é possível ver um homem jogar dois tijolos no carro da unidade. Em seguida, ele empurrou e chutou um policial. O PM tentou prendê-lo, mas foi contido por uma outra pessoa. O vídeo mostra um rapaz de camisa verde-escura atingir o carro com uma pá. Foram oito golpes, que quebraram os vidros. Um outro jovem bateu no veículo com um cabo de vassoura, e mais tijolos acertaram o automóvel.

Quatro suspeitos identificados

A polícia já conseguiu identificar quatro suspeitos que, segundo o delegado, participaram do quebra-quebra. São eles: Alex Duarte Monteiro, de 21 anos; Clayton Vieira Alves, de 25, que teria jogado os tijolos no veículo e agredido um dos PMs; Jony Moreira de Lima, de 21 anos, que seria o rapaz que usou uma pá; e Leandro Oliveira Coelho, de 31, que teria, no início do tumulto, tentado conter os ânimos, mas, depois, participado do ataque.

O delegado informou que todos têm passagens pela polícia e que vai pedir a prisão deles por sete crimes.

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