O Rio de Janeiro é o espelho do Brasil. O que ocorre no Rio de Janeiro fatalmente se transmitirá em cadeia para os outros Estados da Federação. As questões de justiça criminal e ordem pública não fogem desta regra. Portanto, é estratégico manter a atenção, estudar o cenário, analisar as experiências e observar as políticas lá realizadas, ajudando no alcance dos objetivos. A solução desta guerra envolve leis duras e um Sistema de Justiça Criminal integrado, ágil, coativo e comprometido em garantir o direito da população à segurança pública.

domingo, 23 de março de 2014

ORDEM DE ATAQUE PARTIU DOS PRESÍDIOS

VEJA ONLINE 21/03/2014 - 13:08


Rio de Janeiro. Ordem de ataque às UPPs partiu de presídio, diz Beltrame


Ao menos quatro unidades foram alvos de tiros - em Manguinhos, contêineres ainda foram incendiados. No confronto com bandidos, quatro PMs se feriram



Policiamento reforçado após o comandante da UPP de Manguinhos, Gabriel Toledo, ser baleado e a sede da unidade incendiada na noite da quinta-feira (20), no Rio de Janeiro (Ale Silva/Futura Press)

Os ataques a quatro Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do Rio de Janeiro, na noite de quinta-feira, foram ordenados por traficantes de dentro de um presídio. A informação é do secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame. "Eu posso dizer isso a vocês: nós temos isso confirmado. E o que nós fazer é um plano para proteger, sem dúvida, a cidade de mais esta crise", declarou, nesta sexta, pouco antes de viajar a Brasília, ao lado do governador Sérgio Cabral. Em uma reunião com a presidente Dilma Rousseff, eles pediram o apoio das Forças Federais nas áreas consideradas pacificadas.

Na quinta, quatro UPPs foram alvos de criminosos. O caso mais grave ocorreu no Complexo de Manguinhos, onde bandidos atiraram contra os contêineres, e depois atearam fogo. O comandante da unidade, capitão Gabriel Toledo, foi baleado na coxa direita e precisou ser submetido a uma cirurgia. Ele está internado no Hospital da Polícia Militar e seu quadro é considerado estável. Outros três agentes ficaram feridos - dois por tiros e um a pedradas. As outras bases atacadas ficam nos complexos do Lins (Camarista Méier) e do Alemão e em Benfica (Parque Arará), todas na Zona Norte da capital.

A segurança foi reforçada em todos os pontos críticos nesta sexta, segundo o coronel Frederico Caldas, comandante das UPPs. "Dobramos o efetivo. Podemos dizer que a situação já é de tranquilidade, mas o Bope e o Batalhão de Choque vão permanecer nessas áreas enquanto for necessário", declarou, em entrevista ao RJTV, da Globo. Parte da favela de Manguinhos continua sem luz - o incêndio atingiu um poste de energia elétrica. Segundo a Secretaria Municipal de Educação, quatro escolas, duas creches e um espaço infantil estão fechados no complexo, deixando quase 4.000 estudantes sem aula.

Governo - Logo após os ataques coordenados, o governador Sérgio Cabral emitiu nota condenando os ataques às UPPs: "Essa é mais uma tentativa da marginalidade de enfraquecer a política vitoriosa da pacificação, que retomou territórios historicamente ocupados pela bandidagem para o controle do Poder Público", disse, reiterando o "firme compromisso assumido com a população do Rio de Janeiro de não sair, em hipótese alguma, desses locais ocupados".


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