O Rio de Janeiro é o espelho do Brasil. O que ocorre no Rio de Janeiro fatalmente se transmitirá em cadeia para os outros Estados da Federação. As questões de justiça criminal e ordem pública não fogem desta regra. Portanto, é estratégico manter a atenção, estudar o cenário, analisar as experiências e observar as políticas lá realizadas, ajudando no alcance dos objetivos. A solução desta guerra envolve leis duras e um Sistema de Justiça Criminal integrado, ágil, coativo e comprometido em garantir o direito da população à segurança pública.

quarta-feira, 12 de março de 2014

POLICIAMENTO REFORÇADO NA FAVELA NOVA BRASÍLIA


Polícia investiga se traficantes obrigaram moradores a fazer protesto no Complexo do Alemão. Segurança está reforçada na Favela Nova Brasília nesta manhã. Na terça-feira, manifestantes incendearam objetos na região


ANA CLÁUDIA COSTA
O GLOBO 12/03/2014



Policiais abordam motociclista na Favela Nova Brasília Gabriel de Paiva / Agência O Globo


RIO - O comandante da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), coronel Frederico Caldas, disse que há informações de que a manifestação desta terça-feira na Estrada do Itararé, no Complexo do Alemão, tenha sido orquestrada por traficantes. Ele afirmou que há indícios de que moradores foram obrigados pelo tráfico a irem para a rua fazer o protesto. Desde o início da manhã, policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Complexo do Alemão, na Zona Norte, com apoio de homens de outras unidades pacificadores reforçam a segurança na Favela Nova Brasília. No patrulhamento, os PMs abordam pedestres e motocicletas na região.

Segundo Frederico Caldas, ele disse ainda que a operação padrão visa a apreender drogas na comunidade. Durante a madrugada, o policiamento havia sido reforçado na região por homens do batalhões de Operações Policiais Especiais (Bope) e de Choque (BPChoque) devido a um violento protesto de moradores.

A manifestação na noite desta terça-feira ocorreu na altura da Grota, onde fica um dos acessos à comunidade, e fechou parcialmente a Avenida Itararé. Os manifestantes acusam a Polícia Civil de ter prendido injustamente Kleyton da Rocha Afonso e Hallan Marcilio Gonçalves — os dois estavam num grupo de oito supostos criminosos detidos segunda-feira no complexo de favelas.

A operação tinha o objetivo de combater o tráfico de drogas na região e localizar os envolvidos na morte do policial militar Rodrigo de Souza Paes Leme, na quinta-feira passada. Um vídeo postado por Roberto Casas Novas, fotógrafo do jornal “Voz da Comunidade”, mostra parte do confronto com a PM. Pelas imagens é possível ver a explosão de bombas de efeito moral.

Durante a manifestação, dois rapazes foram feridos por tiros de raspão. Ambos foram atendidos na UPA do Complexo do Alemão e liberados. Uma barricada de lixo acumulado e outros materiais, como colchões e entulhos, foi incendiada na altura do Colégio Estadual Jornalista Tim Lopes. Moradores relataram ter ouvido muitos tiros durante o protesto. Além disso, ônibus teriam sido apedrejados. Segundo a assessoria da UPP, um manifestante foi flagrado com uma arma de fogo. Ao ser abordado por PMs, ele atirou para cima e fugiu.

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