O Rio de Janeiro é o espelho do Brasil. O que ocorre no Rio de Janeiro fatalmente se transmitirá em cadeia para os outros Estados da Federação. As questões de justiça criminal e ordem pública não fogem desta regra. Portanto, é estratégico manter a atenção, estudar o cenário, analisar as experiências e observar as políticas lá realizadas, ajudando no alcance dos objetivos. A solução desta guerra envolve leis duras e um Sistema de Justiça Criminal integrado, ágil, coativo e comprometido em garantir o direito da população à segurança pública.

domingo, 23 de março de 2014

COMANDANTE DE UPP É FERIDO EM ATAQUE

VEJA ONLINE 20/03/2014 - 20:06


Rio de Janeiro. Comandante de UPP é ferido em ataque de traficantes

Unidade do Complexo de Manguinhos foi alvo de tiros, que atingiram ainda outros dois agentes. Um quarto PM acabou ferido com pedradas na cabeça


Contêineres da UPP de Manguinhos foram incendiados (Atualizado às 22h20)

Criminosos de áreas ocupadas por uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Rio entraram em confronto com policiais mais uma vez, nesta quinta-feira. O comandante da UPP de Manguinhos, capitão Gabriel Toledo, foi baleado durante um tiroteio. Atingido na coxa direita, ele foi levado ao Hospital Geral de Bonsucesso e, depois, transferido para o Hospital da Polícia Militar, para ser submetido a uma cirurgia. Pelo menos outros dois agentes ficaram feridos nesse ataque.

Os contêineres da UPP de Manguinhos foram incendiados e ficaram completamente destruídos. Em seguida, parte do complexo, composto por 13 favelas, ficou sem energia elétrica. Segundo a Coordenadoria de Polícia Pacificadora, tudo começou quando agentes foram até um prédio abandonado que havia sido invadido com a intenção de cumprir uma ordem de desocupação. Ao chegarem, foram atacados pelos ocupantes, que lançaram pedras contra os policiais, ferindo um deles na cabeça - foram quatro no total.

A confusão se ampliou e traficantes teriam aproveitado para atacar os policiais e a sede da UPP. Houve troca de tiros, e o capitão mais dois PMs acabaram baleados nesse confronto. O Batalhão de Choque foi acionado para reforçar a segurança no local e o carro blindado do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) também subiu o morro. Por conta do tumulto e da troca de tiros, a circulação de trens da Supervia pela favela chegou a ser interrompida.

A Secretaria de Segurança do Estado informou, no fim da noite, um novo embate com bandidos em outras duas UPPs: Camarista Méier, localizada no Complexo do Lins, e a unidade do Complexo do Alemão, ambas também na Zona Norte da capital.

Governo - Desde o fim do ano passado, regiões consideradas pacificadas têm sido alvo de traficantes, especialmente o Complexo do Alemão e a favela da Rocinha. Na semana passada, quando um soldado era enterrado após outro ataque de bandidos, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame classificou os ataques a policiais como uma forma de “terrorismo contra o Estado”.

Logo após o novo episódio, o governador Sérgio Cabral emitiu nota condenando os ataques às UPPs: "Essa é mais uma tentativa da marginalidade de enfraquecer a política vitoriosa da pacificação, que retomou territórios historicamente ocupados pela bandidagem para o controle do Poder Público", disse, reiterando o "firme compromisso assumido com a população do Rio de Janeiro de não sair, em hipótese alguma, desses locais ocupados".

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